segunda-feira, janeiro 31, 2011

Conta-me histórias

Conta-me histórias de tempos
A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar
A vida talvez sejam só três dias
Eu quero andar sempre devagar




O passado, ainda mais quando diz respeito à infância, espreita-nos, tantas vezes, impregnado de nostalgia. A infância, quer queiramos que não, marca-nos, tanto pela positiva como pela negativa, a vida adulta.

Em tempos escrevi um rol de Sete Coisas marcantes da minha infância. Sete é um número mágico que pode querer dizer tanto e ainda mais. Hoje volto a esse Sete da infância, mas não me vou repetir, apenas completar três coisitas que então deixei por dizer.
Como toda a gente, tenho da minha infância algumas lembranças felizes, dolorosas, hilariantes, vergonhosas e, também, de coisas que gostaria de ter tido como, por exemplo, alguns brinquedos.
E entre os brinquedos que não tive estava uma bola; nem sequer consegui nunca tirar ao primo a bola dos pés dele - que raiva!
Também nunca tive um baldito e uma pá para fazer castelos na areia da praia.
E também nunca tive direito a nenhuma daquelas navalhas que o arco-íris trazia e deixava no local onde pousava (nunca o consegui apanhar).

Ah, mas tive as estrelas, a lua, o sol, o mar, o vento, a chuva, a rua para brincar; e uma boneca quase tão grande como eu com quatro anos, que as sobrinhas acabaram por estragar.

E tenho agora este selo-certificado-caminhante, cheio de havaianas para calçar, como marca deste e de  outros desafios, vindo da Malu e da Teresa, e que me foi passado pela Filipa, para a Canela aqui vir buscar.

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terça-feira, janeiro 25, 2011

30 Anos

Domingo. Faz hoje 30 anos era Domingo.
Naquele tempo o tempo não corria, andava a passo lento. A manhã despiu-se muito lentamente do sono nocturno, espreguiçando-se no som luminoso do dia. Sem pressas, inspirei os primeiros raios da manhã e deixei-me ficar a saborear os últimos minutos do meu ninho de criança. Uma vida nova iria, dali a poucas horas, começar para mim, mas eu nem sequer pensava muito a sério nisso. Achava que era tudo tão natural como comer, dormir e respirar. Era o rumo normal da vida.
Levantei-me, então, quando me apeteceu, quando já todos trabucavam em casa, serena, fresca. Não houvera despedida de solteira (o que era isso?) tal como não haveria lua-de-mel (pelo menos nada programado). E o dia, apesar de ser Inverno, não estava frio (nem podia estar).

Naquele tempo era tudo tão lento, tão lento, que 10 meses de namoro mais me pareciam 10 anos.
Depois, o tempo começou a correr. Tão depressa, que hoje 30 anos de casamento mais me parecem 30 meses.
Parece que ainda foi há poucos dias que escrevi uma Carta Ridícula;
ou que há poucos meses evoquei este dia 25.01.1981;
ou que, enfim, há tão pouco tempo que contei aqui The Secret.

Meu Deus, como o tempo voa agora a uma velocidade vertiginosa...
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sábado, janeiro 15, 2011

Musicoterapia

Relacionado com uma actividade formativa, fiz uma experiência de musicoterapia.

"A musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que este alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento" (World Federation of Music Therapy)

O processo da Musicoterapia pode desenvolver-se de acordo com vários métodos. Na maior parte dos casos a Musicoterapia é activa. A intervenção, que pode ser individual ou em grupo, envolve actividades musicais (escuta musical, canto, improvisação vocal e instrumental, expressão corporal e outras que envolvam som e movimento), num processo planificado e continuado no tempo, tendo em conta as necessidades especificas de cada pessoa.

Comunicar através da música:
Através de sessões colectivas de musicoterapia é possibilitada a abertura de canais de comunicação, para chegar à produção de comunicação verbal dentro do grupo.

A Musicoterapia destina-se especialmente a pessoas com problemas de relacionamento, comunicação, comportamento e integração social, podendo ser aplicada a idosos, adultos, adolescentes e crianças e, no que respeita ao seu espaço físico, em instituições de saúde física e mental, educação, intervenção comunitária e reabilitação.

Esta actividade pode também situar-se em projectos de promoção e manutenção de bem-estar, dirigidas a pessoas saudáveis e também a pessoas que – por padecerem de condições crónicas – procuram cuidar do seu bem-estar de forma activa e adaptada às suas circunstâncias de vida.

Para mim foi uma experiência muito interessante e salutar. A repetir.


Bamboo Flute with Nature Sounds


Música relaxante e chuva suave

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