quinta-feira, julho 03, 2014

Negócios e Açordas

O NEGÓCIO DO ACORDO ORTOGRÁFICO

«O português mais distraído talvez pense que um colégio de sábios bons e eminentes ter decidido um dia, após longos anos de estudo e investigação, proceder à reforma do sistema ortográfico da Língua Portuguesa – e que os governos dos países lusófonos, tendo-se debruçado sobre o assunto com o auxílio ponderado de gramáticos e lexicógrafos, terão conscienciosamente aprovado essa tão bem preparada reforma. Mas o português distraído estaria redondamente enganado.
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O acordo ortográfico foi preparado em cima do joelho, longe do debate público e do escrutínio do povo, dos mestres da Língua e dos especialistas da Gramática.»
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«A ideia nasceu na cabeça de um académico esquerdista, o brasileiro Antônio Houaiss, que contou em Portugal com o providencial auxílio do linguista Malaca Casteleiro.»

Foi desde o inicio um empreendimento com fins lucrativos, apoiado por uma poderosa máquina política e comercial com ramificações em Portugal, e «nas últimas três décadas tem enchido os bolsos a um grupo restrito de autores e editores.
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De início, a intelectualidade dos dois lados do Atlântico fez vista grossa à flagrante coincidência entre o autor da ideia de “unificar a Língua” e o potencial autor do primeiro grande dicionário da Língua “unificada”. Só depois, por fugas de informação, a comunidade científica se apercebeu da monstruosidade do propósito. Mas a máquina política e comercial já estava em marcha» 
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