40 são:
* Os dias de chuva durante o Dilúvio: Gn 7,4.12.17.
* Os dias, no Dilúvio, decorridos desde que emergiram os cumes das montanhas até ao envio do corvo: Gn 8,6-7.
* Os dias de permanência de Moisés no cimo do monte Sinai para receber a Lei: Ex 24,18; 34,28; Dt 9,9.18.
* Os dias da exploração da Terra Prometida pelos espiões enviados por Moisés: Nm 13,25.
* Os dias de oração de Moisés em favor de Israel: Dt 9,25.
* Os anos de duração da viagem do povo de Israel pelo deserto, desde o Egipto para a Terra Prometida: Ex 16,35; Nm 14,33; Dt 8,2-4; 29,4-5; Js 5,6; Sl 95,10; Am 2,10.
* Os anos de paz que Israel goza no período dos Juízes: Jz 3,11.
* Os anos de servidão no período dos Juízes: Jz 13,1.
* Os dias do desafio de Golias: 1 Sm 17,16.
* Os anos de duração dos reinados de Saul, de David e de Salomão: 2 Sm 5,4; 1 Rs 11,42; Act 13,21.
* Os dias da viagem de Elias ao monte Horeb: 1 Rs 19,8.
* Os dias de Ezequiel deitado sobre o lado direito: Ez 4,6.
* Os anos de desolação do Egipto: Ez 29,11-13.
* Os dias de penitência dos cidadãos de Nínive para obter o perdão de Deus: Jn 3,4.
* Os dias em que depois do nascimento, Jesus foi levado por Maria e José ao Templo para ser apresentado ao Senhor: Lc 2, 22 (cf. Lv 12.1-8).
* Os dias de permanência de Cristo no deserto, antes da vida pública: Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2.
* Os dias de aparições de Jesus depois da Ressurreição: Act 1,3.
40 é um número simbólico, múltiplo de 4, que indica perfeição.
40 dias é o que significa o termo Quaresma, que vem directamente do latim, da expressão quadragesima dies.
A Quaresma inicia-se com a Quarta-Feira de Cinzas e termina pela tarde de
Quinta-Feira Santa, antes da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, com que se inaugura o
Tríduo Pascal.
São 40 dias com carácter penitencial que, lidos literalmente, e segundo o antigo calendário, se prolongavam até ao Sábado Santo (
46 dias excluindo-se os 6 domingos, que nunca foram caracterizados como dias penitenciais = 40).
O Papa Bento XVI, sobre o significado litúrgico dos "40 dias da Quaresma", definiu:
"Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas."
...
«Há um tempo para escolher as sementes, mas há também um tempo para gozar do medrar das searas.
Há um tempo para a criação, mas há também um tempo para a criatura. Há um tempo para a faísca rubra, que rompe os diques nos céus, mas há também um tempo para as cisternas em que as águas derramadas se vão reunir.
Há um tempo para a conquista, mas há o tempo da estabilidade dos impérios: e eu, que sou servidor de Deus, tenho o gosto da eternidade.»
(Antoine de Saint-Exupéry, Cidadela)