(Antífona da Comunhão cf. Ageu 2, 8)
Ó Sabedoria do Altíssimo,
*Ero Cras
Dogma da Imaculada Conceição:
Maria foi concebida sem o pecado original.
Foi concebida sem mácula do pecado original, diferenciando-se assim de todos os outros mortais. Portanto, ela é cheia de graça, desde o momento de sua concepção.
Este dogma da Igreja foi definido no Século XIX e proclamado oficialmente por Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, em 8 de Dezembro de 1854, após uma longa reflexão e amadurecimento de vários séculos:
Já em 17 de Outubro de 1320, o bispo de Coimbra, D. Raimundo Evrard, instituiu o culto da Imaculada Conceição em Portugal, mandando que fosse celebrada todos os anos a 8 de Dezembro, na Basílica de Santa Maria de Coimbra, a actual Sé Velha.
Também em 1646, o rei D. João IV proclamou como rainha e padroeira de Portugal a Imaculada Conceição.
Maria foi preservada do pecado original, por obra e graça do Espírito Santo, por estar destinada a vir a ser mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus que assumiu a nossa natureza humana.
Foram seus pais São Joaquim e Santa Ana.
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Do Evangelho de hoje:
O Anjo disse a Maria:
«Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.»
Maria confiou e disse SIM:
«Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra».
É nesta resposta conclusiva ao Anjo, que se manifesta a fé de Maria.
A fé consiste, assim, na entrega total a Deus, como fez Maria ao declarar-se serva do Senhor. Uma entrega que leva a que Deus seja tudo na pessoa que nEle confia, e em que a pessoa se dispõe a fazer tudo o que agrada ao seu Senhor.
«Avé, cheia de graça, o Senhor está contigo»
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, roga por nós, pecadores. Ajuda os teus filhos a dizerem, como tu, um SIM sem reservas.
“O mundo vai girando/ Cada vez mais veloz/ A gente espera do mundo/ E o mundo espera de nós…”[*]
“Mesmo quando tudo pede/ Um pouco mais de calma/ Até quando o corpo pede/ Um pouco mais de alma/ Eu sei, a vida não pára/ A vida não pára...
Será que é tempo/ Que lhe falta para perceber?/ Será que temos esse tempo/ Para perder?/ E quem quer saber?/ A vida é tão rara/ Tão rara...
A vida é tão rara.”[*]
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[*] Lenine, Paciência
(la fa#-)
Amor tão grande, profundo e sublime
(re mi la mi)
Este é o amor do meu Criador
Não há nada no mundo, que possa igualar-se
Ao terno amor do meu Bom Jesus.
Deus de Amor (Deus de Amor)
Oh Deus de Amor (Oh Deus de Amor)
Tu és o único (Tu és o único)
O Deus de Amor (O Deus de Amor)
(la)
Não há outro Deus (Não, não há)
(do#-)
Fora de Ti (Fora de Ti)
(re)
Fora de Ti (Para mim)
(mi)
Para mim, (Para mim)
(la)
Não há Amor.
Só Ele nos Ama, nos compreende e nos guarda
De todos os males que existem aqui
Por isso O adoro, com toda a minha alma
Porque Ele me deu, o Senhor, doce calma.
A Comissão que coordena a nova tradução da Bíblia da Conferência Episcopal Portuguesa acaba de tornar público o texto provisório do Cântico dos Cânticos.
pdf do texto na imagem:
"Num trabalho iniciado em 2012, e que conta com a participação de 34 investigadores, a tradução realiza-se a partir das línguas originais." (in: Educris|02.06.2022)
"O título de Cântico dos Cânticos é a tradução das duas primeiras palavras do texto hebraico desse livro: Shir hashirim. A expressão é uma forma de superlativo e significa 'o mais belo dos cânticos' ou 'o cântico maior'.
Poema lírico de tema amoroso, o Cântico dos Cânticos "celebra encontros e desencontros entre dois amados, dando-lhes a palavra de forma alternada, num diálogo estruturado em forma narrativa e de encenação teatral"; "o tema, o género e algumas das imagens e metáforas utilizadas são comuns na poesia lírica dos povos vizinhos de Israel e de Judá no Próximo Oriente Antigo".
"O erudito judeu Saadia Gaon (séc. IX-X d.C.) escreveu que o Cântico dos Cânticos era como uma porta fechada, da qual há muito se perdera a chave. Esta metáfora exprime bem a variedade e as subtilezas com que nas tradições judaica e cristã sempre se processou a sua leitura e interpretação.
Mas, quer no judaísmo quer no cristianismo, impôs-se, desde muito cedo, uma interpretação alegórica do Cântico dos Cânticos: o amor entre os amados é imagem ou metáfora do amor entre Deus e o povo de Israel ou entre Cristo e a Igreja".
"Nos últimos duzentos anos, a tendência tem sido para redescobrir a possibilidade de ler o Cântico dos Cânticos nos seus próprios termos, enquanto celebração do desejo apaixonado e do amor mútuo entre um homem e uma mulher".
"Trata-se, portanto, de poesia lírica de tema amoroso que celebra e descreve os avanços e recuos, o jogo de distância e intimidade que caracteriza a expressão do amor, na sua dimensão afetiva e sexual".
"O leitor actual não precisa de assumir uma interpretação em detrimento
da outra. A tradição de leitura alegórica legou-nos um riquíssimo património
literário e espiritual".
"Por outro lado, ao assumir desta maneira o sentido literal, a exegese moderna e contemporânea reabriu a porta ao reconhecimento de que o amor entre homem e mulher é um lugar teológico a redescobrir: a beleza e sublimidade do encontro amoroso é dom divino e, por isso, sacramento da presença e intimidade de Deus com as suas criaturas."