“Fazei tudo o que Ele vos disser”

 «A Palavra, que a liturgia deste domingo nos oferece, é um convite ao amor de Deus, como membros do seu Povo. Culminando no evangelho, apresenta-nos a imagem dum casamento, que exprime a experiência privilegiada do amor que Deus (noivo) tem para com o seu Povo (esposa). A mensagem central assenta na revelação desse amor, que importa acolher, e corresponder, para podermos fazer festa, e provar o vinho bom, que nos renova e vivifica. Se a comunidade fica feliz em cada domingo, com o Pão do Céu e o vinho novo do Espírito, esse amor faz com que tenhamos um só coração e uma só alma, na alegria do banquete nupcial.

Essa imagem, já apresentada na primeira leitura, pede-nos que não nos sintamos terra “abandonada” e “deserta”, mas como os esposos que se entregam mutuamente, na alegria, e assim “tu serás a alegria do teu Deus” (Is 62, 5). Para isso, Deus nos oferece os dons do Espírito Santo, que “realiza tudo em todos” (1Cor 12, 6). Abramo-nos, então, para Ele!

Deus eterno e omnipotente, que governais o céu e a terra, escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo e concedei a paz aos nossos dias.  (Oracão de colecta do II Domingo Comum)


Assim invocamos a ajuda de Deus, criador de todas as coisas, para que acolha a nossa oração, e nos conceda os seus dons, particularmente a paz, tão necessária nos nossos dias.
Mas a oração do final do ofertório recorda que sempre que celebramos a Eucaristia, “realiza-se a obra da nossa redenção”. Que maravilha!

“Fazei tudo o que Ele vos disser”  (Evangelho: Jo 2, 1-11)


Seguindo a sugestão e indicação de Maria, centremo-nos em Jesus, acolhamos a Sua Palavra, e unamo-nos a Ele em oração, para que a nossa fé cresça, e participemos na Sua Glória! Sempre que a Igreja, e cada um de nós, faz o que Cristo nos diz, estamos no caminho da vida plena e da íntegra realização! Que o Seu Nome seja louvado!

Continuemos, pois, a caminhada, aprofundando a vida em Cristo, porque somos baptizados, e não podemos ficar indiferentes à Sua proposta. Tal como o profeta, “não me calarei” (Is 62, 1), louvemos, e abrindo-nos ao Espírito, pois “é dado a cada um para proveito comum” (1Cor 12, 7). Precisamos de viver nEle, participar da Sua graça, e testemunhar o sentido de pertença à Sua Igreja, pois é essa a fé que nos gloriamos de professar.»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o II domingo do Tempo Comum, ano C)

«Nas Bodas de Caná, Maria pediu, e Jesus agiu: Ele transformou o vazio em abundância, o comum em extraordinário. Assim também acontece connosco. O amor precisa de cuidado e dedicação, mas é Deus quem faz a diferença. 
Mesmo quando tudo parece frio e vazio, encham os potes. Façam a vossa parte com pequenos gestos e confiem. Deus age no pouco que oferecemos e renova o amor, trazendo de volta a alegria verdadeira.»
Padre João Torres (com vídeo)

Baptismo do Senhor

«Terminado o tempo litúrgico de Natal, prosseguimos com a 1ª parte do Tempo Comum, que se inicia com a festa do Baptismo do Senhor. Vai ser um tempo breve, pois se interrompe quando começar a Quaresma e se retoma depois do Pentecostes.

O Tempo Comum são 33 ou 34 semanas, em que não se celebra um aspecto particular do mistério de Cristo, mas o mistério de Cristo na sua globalidade, semana após semana, especialmente aos domingos. Quem quer aprofundar, e enriquecer a sua fé nesta beleza da vida cristã, não pode deixar de participar regularmente na Eucaristia dominical, para crescer no amor de Deus, e beneficiar da sua intimidade, e não permanecer à margem do seu plano, com a vida e salvação que Deus nos quer oferecer. Como nos foi anunciado, participemos, pois, na Eucaristia, “em cada domingo, nossa Páscoa semanal”!

Jesus também frequentava regularmente a Casa de Deus, a sinagoga (Cf. Lc 4, 16); foi ao templo, a Jerusalém, em peregrinação com os pais, quando tinha doze anos; e recebeu o baptismo de João, no início da sua vida pública. Por isso, era praticante!...  
Recebendo um baptismo de arrependimento dos pecados, Jesus, que não conheceu o pecado na sua vida, recebeu esse baptismo para ser solidário connosco, e tomar sobre Si os nossos pecados.


Como escutamos no evangelho deste domingo, João Baptista explica a diferença entre o seu baptismo, com água, e o que Jesus vai trazer, “com o Espírito Santo e com o fogo”.

 “Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo”  ( do Evangelho: Lc. 3, 15-16.21-22)

Deus eterno e omnipotente, que proclamastes solenemente a Cristo como vosso amado Filho quando era baptizado nas águas do rio Jordão e o Espírito Santo descia sobre Ele, concedei aos vossos filhos adotivos, que renascidos pela água e pelo Espírito Santo, a graça de permanecerem sempre no vosso amor.  (da oração de Colecta da festa do Baptismo do Senhor)

Com o baptismo de Cristo, assumimos ter renascido como filhos de Deus, pelo nosso baptismo, e pedimos para permanecer sempre na graça do seu amor! Que bênção tão rica!


Na nossa oração desta semana, façamos a experiência de ser filhos de Deus, pelo baptismo, e, como herdeiros do céu, rezemos com Jesus: Abba, Pater!»
 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão da Festa do Baptismo do Senhor)
Abba Pater! Abba Pater!
Abba Pater! Abba Pater! 
(x2)


Os Reis e a Coragem de Buscar e Recomeçar

«A Epifania é a manifestação a todos os povos, em que Deus oferece a salvação de Jesus também aos que provém do paganismo, que os Magos representam.


A solenidade da Epifania, tradicionalmente designada por festa dos Reis, a 6 de Janeiro, é agora celebrada sempre no domingo imediato ao primeiro dia do ano. Se não fosse assim, a maioria dos fiéis ficaria sem possibilidade de celebrar a liturgia da Epifania, tão importante nas celebrações da Igreja.

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelaste o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa Glória. (oração de coleta da solenidade da Epifania) 

Que graça pedimos? A parte final da oração é bem clara: viver a fé, para termos a felicidade de contemplar o rosto de Deus, face a face!

“Abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra” (do Evangelho Mt 2, 1-12)

Na minha oração, nestes dias, que presentes vou oferecer a Jesus?... Abramos-Lhe o coração!»

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a solenidade da Epifania)



«A viagem dos Magos, porém, não foi fácil. Eles perderam a estrela, procuraram no lugar errado, consultaram Herodes, símbolo do poder e do engano. Quantas vezes também erramos na nossa busca por Deus, olhando para o brilho superficial do mundo? Mas o que torna os Magos inspiradores é a sua paciência para recomeçar. Mesmo diante de quedas e dúvidas, continuaram. E assim encontraram o Menino. A lição é clara: não é o erro que nos define, mas a coragem de nos levantarmos e retomarmos o caminho.

Quando os Magos chegaram a Belém, ofereceram presentes, mas o mais precioso não foi o ouro, o incenso ou a mirra. Foi a sua própria viagem: os desafios superados, o esforço para seguir a estrela e o desejo de encontrar o Salvador. Deus quer que O busquemos com o coração aberto, porque Ele tem sede da nossa sede.
(...)
Procura-O com fé, com paciência, e, quando O encontrares, oferece-lhe o presente mais precioso: a tua busca, o teu caminho, a tua vida.» (Padre João Torres)
...

«Dá-nos Senhor, a coragem dos recomeços.

Mesmo nos dias quebrados
faz-nos descobrir limiares límpidos.
Não nos deixes acomodar ao saber daquilo que foi:
dá-nos largueza de coração para abraçar aquilo que é.

Afasta-nos do repetido,
do juízo mecânico que banaliza a história,
pois a desventra de qualquer surpresa e esperança.

Torna-nos atónitos como os seres que florescem.
Torna-nos inacabados como quem precisa
e deseja e antecipa um amanhã.

Torna-nos confiantes
como os que se atrevem a olhar tudo,
e a si mesmos,
com o encanto e a disponibilidade
de uma primeira vez.»
(Cardeal D. José Tolentino Mendonça)

IHS – Santíssimo Nome de Jesus


«O nome “Jesus Cristo” foi-nos dado em grego, e pode ser escrito em letras maiúsculas gregas deste modo: IHCOYC XPICTOC 
Durante séculos, a forma padrão de abreviar este nome foi usar simplesmente a primeira e a última letras, IC XC, como se encontra na maioria dos ícones orientais. São Bernardino, no começo do século XV, escolheu usar as duas primeiras letras com a última, portanto IHC e XPC. A letra grega “c” é na verdade um “s”, então era natural escrever IHS XPS, forma na qual o Nome Santo se tornou muito familiar. 

Mas por que São Bernardino quis inserir o “h” (que é, na verdade, um “e”)? E por que mudar o “i” em “y”, uma letra não usada em italiano nem em latim? A resposta é que estudiosos cristãos cabalísticos deram atenção ao facto de que o Nome de Jesus, na sua forma original hebraica, contém as quatro letras no Nome Impronunciável de Deus revelado no Antigo Testamento. Com o acréscimo de duas letras hebraicas extras, torna-se pronunciável o Nome Impronunciável. O Nome revelado a Moisés no Êxodo (Ex 3) é apropriadamente escrito apenas com consoantes, YHWH. De acordo com uma tradição de 3.000 anos, não é permitido tentar pronunciá-lo, e ninguém realmente saberia como fazê-lo, mesmo se pudesse ser feito. Isso porque o Nome, YHWH, não é simplesmente um nome como outro qualquer: ele tem um significado, que é: o nosso Deus é Aquele que É, o único Ser essencial, o “fundamento do nosso ser”.
(...)
Mas, o Nome tornou-se um nome humano, pelo acréscimo das letras hebraicas ‘shin’ e ‘ain’ às quatro originais, produzindo Yehoshuwah; a forma hebraica do nome que conhecemos por JESUS. Assim o Nome Divino se torna um nome humano, o inacessível e impronunciável se torna próximo e familiar.
(...)
A São José é dado o tremendo privilégio de Lhe dar o Nome: “Ela dará a luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus”.
(...)
O Nome é dado novamente por Pôncio Pilatos, pela forma hebraica da inscrição na Cruz, usando as quatro letras do Nome Divino como as iniciais das quatro palavras: Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus: Yeshu Ha-Nozri, WaMelek Ha-Yehudim. Não é de se admirar que os chefes dos sacerdotes tivessem ficado tão preocupados com tal inscrição! (Jo 19,19-22) Pois Pilatos, de improviso, escreveu – e para todo o mundo ver! – que o seu galileu crucificado é o Deus eterno, o Criador, assim como o Redentor do Mundo.»

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A Festa do Santíssimo Nome de Jesus é no dia 3 de Janeiro.

Mas todo o mês de Janeiro é dedicado ao Santo Nome de Jesus. Através dessa devoção, a Igreja recorda-nos o poder do Nome de Cristo.
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"Ó nome glorioso, gracioso, amoroso e animoso! Por ti se perdoam todos os pecados, se vence o inimigo, se curam os enfermos e nas adversidades se encorajam e consolam os que sofrem. Tu és a glória dos que crêem, o mestre dos que pregam, a força dos que trabalham, o remédio dos que estão em necessidade.
Ao calor e fervor do teu fogo, os bons desejos encandescem; as orações que se fazem têm bom despacho; as almas contemplativas se arroubam; e sumamente se alegram os que já triunfam no paraíso. Com os quais, por este vosso santíssimo Nome, fazei que reinemos, ó dulcíssimo Jesus." (S. Bernardino de Sena)

Oitava do Natal


«Estamos num novo ano, e, de novo, após o que sucedeu há uma semana, temos outra celebração marcante na liturgia da Igreja: no dia 1 de janeiro, a solenidade em honra de Santa Maria, Mãe de Deus, como sempre acontece no início do ano civil.

Com a celebração do dia 1, atinge-se a oitava do Natal, de tal modo importante que se celebra durante uma semana, tal como na Páscoa. São, pois, as celebrações mais marcantes da liturgia da Igreja.

 Senhor nosso Deus, que dais origem a todos os bens e os levais à sua plenitude, nós vos pedimos, nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça, tenhamos também a alegria de receber os seus frutos. 
(Oração de colecta da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus)

A graça que pedimos nesta Eucaristia está bem expressa na segunda parte da oração!


“Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração” 
 (Do Evangelho Lc 2, 16-21)

Como Maria, meditemos e rezemos, ao longo da semana!»

 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de Janeiro)


Jesus, Maria e José

«Vivemos a integração de Jesus no seio da Sagrada Família.

Jesus, o Filho de Deus, integra uma família normal, como todos nós, dando sentido à nossa vida e valorizando aquela que é a célula fundamental da sociedade, a família. 

Com esta celebração, somos chamados a descobrir o papel fundamental duma família bem constituída, que seja lugar indispensável para o acolhimento e desenvolvimento da vida - riqueza maravilhosa - que nos foi concedida. 

Como se torna tão importante valorizar o valor absoluto da vida, e ter condições para que se realize na harmonia, na beleza, em todas as suas potencialidades, e na sua mais profunda valorização!

"Senhor, Pai santo, que na Sagrada Família nos destes um modelo de vida, concedei que, imitando as suas virtudes familiares, e o seu espírito de caridade, possamos um dia reunir-nos na vossa casa, para gozarmos as alegrias eternas. Por NSJC…." (Oração de colecta da Festa da Sagrada Família)

Peçamos a graça de ser família!

"Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.(do Evangelho da Sagrada Família: Lc 2, 41-52)

Rezemos, para que o seu amor, a sua graça, e a sua vida cresçam em nós! Se possível, rezemos em família, Igreja doméstica, e procuremos concretizar que meios vamos usar para crescer!» 

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a Festa da Sagrada Família)

“O Verbo fez-se carne, e habitou entre nós”


«Eis que é chegado o dia, em que se deu início a nossa salvação, com o nascimento do Filho de Deus, que assumiu a nossa natureza, e rasga o horizonte da eternidade, na história da humanidade, e na vida de cada um de nós! Como estamos gratos! Na noite de Natal, a luz brilhou nas trevas do mundo, e renasce a esperança no seio do povo da aliança. Um Menino nos nasceu, um Filho nos foi dado!
 
1. 
Jesus, o Filho de Deus, nasce no meio dos homens, assumindo a nossa natureza.

Com esta celebração, somos chamados a descobrir o valor fundamental do dom da nossa vida.
Como se torna tão importante valorizar o valor absoluto da vida, e ter condições para que se realize na harmonia, na beleza, em todas as suas potencialidades, e na sua mais profunda valorização!

2.
Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem, e de modo ainda mais admirável o renovastes, fazei que possamos participar na vida divina do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa natureza humana. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. (Oração de colecta da solenidade do Natal)

Nesta oração, lembrando o dom da vida, na criação de Deus, pelo nascimento de Jesus, somos chamados a participar da vida divina. Renovemos a graça do baptismo!

3. (Do Evangelho do dia de Natal: Jo. 1, 1-18):
O Verbo fez-se carne, e habitou entre nós”.

Por isso, louvamos com os anjos: 
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens!

Alimentando-nos da Palavra, que ela se faça vida em nós. 
Jesus quer continuar a nascer nos nossos corações! 
Pela minha, e pela tua oração, brota nos lábios a vida que nasce no coração!»

 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o Natal do Senhor)

Que assim nos seja um Santo Natal 
-- que se prolonga por uma semana como um dia continuado --
neste Verbo que se fez carne humana. 

O Verbo de Deus

«Queres saber de que cor são os Sonhos de Deus?
Volta a olhar o mundo pela primeira vez.
(bis)

Pois o verbo de Deus habitou entre nós
Pois o verbo de Deus habitou entre nós
(bis)

Queres saber o lugar da morada de Deus?
Volta a olhar o Homem pela primeira vez.
(bis)

Queres saber o segredo do coração de Deus?
Volta a olhar o amor pela primeira vez.
(bis)»

(O Verbo de Deus - Autores: Tolentino Mendonça; Nuno Pereira)


Isto me anima! Procurar os acordes na viola... Cantarolar vezes sem conta, até ouvir "mamã já chega!"... Adormecer e acordar com a música na cabeça, no coração... Sentir que interiorizando a letra, posso ser uma pessoa melhor... que posso tornar o mundo melhor!

Acordes e áudio 

Peregrinos da Esperança


 
Coro Solidéu/ Catedral do Funchal

Texto versão portuguesa: António Cartageno

Refrão: 
"Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!

1. Toda a língua, povo e nação
tua luz encontra na Palavra.
Os teus filhos, frágeis e dispersos
se reúnem no teu Filho amado.

2. Deus nos olha, terno e paciente:
nasce a aurora de um futuro novo.
Novos Céus, Terra feita nova:
passa os muros, ‘Spirito de vida.

3. Ergue os olhos, move-te com o vento,
não te atrases: chega Deus, no tempo.
Jesus Cristo por ti se fez Homem:
aos milhares seguem o Caminho."

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Esperança que nos fortalece


Ó Rei das nações:
Desejado dos povos, Rei das gentes,
Tudo ajuntas em ti, Pedra Angular,
Inimigos tu vens apaziguar,
Vem salvar este povo tão dormente,
Pois do barro formaste o nosso ente,
Vem, Senhor, e não tardes, vem salvar, ó!
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«Estamos a chegar ao fim da caminhada de Advento. Os nossos passos encaminham-se para Jesus, vivendo o mistério da sua encarnação e do seu nascimento. A esperança da humanidade fortalece-se, porque chega o nosso Salvador. Ele é o Emanuel, Deus connosco! Anunciado pelos profetas, acolhido no seio da Virgem Maria, pela acção do Espírito Santo, Ele partilha a nossa natureza humana, e dá o sentido mais pleno à nossa existência. Abramos-lhe o nosso coração!
1.
Durante este tempo, evocando a grande noite da humanidade, até as estrelas do céu parecem brilhar com mais luz. Mas concretiza-se a promessa da chegada da luz das nações, porque a Luz brilha nas trevas, porque chega o dia de a Virgem O dar à luz. Naquele que chega, para fazer a vontade de Deus, saibamos também dizer “eis-me aqui”, participando da sua Vida! No início da novena do Natal, suplicávamos na liturgia: “feito homem, como nós, nos torne participantes da sua vida divina”!

2. 
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que pela anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz, alcancemos a glória da ressurreição. Por NSJC… (Oração de colecta do IV domingo de Advento)

Esta oração é tão significativa, que se reza diariamente na oração do Angelus, de manhã, ao meio-dia e ao cair da tarde. Por isso, muitos fiéis a rezam de cor, após as 3 Ave-Marias do Angelus. Ela pede a graça de viver o mistério de Cristo, desde a incarnação até à glória da ressurreição. Que grande graça se obtém!

3. “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre(cf. Lc 1, 39-45)
 ( partilha/reflexão semanal ao II Domingo Advento - ano C - Pe.Armando Duarte)

"O Evangelho da Liturgia do quarto Domingo do Advento, narra a visita de Maria a Isabel. 

Tendo recebido o anúncio do Anjo, a Virgem não fica em casa, a pensar no que aconteceu e no que havia de fazer com aquela notícia. Em vez de se concentrar nos seus problemas, pensa nos necessitados, pensa em Isabel, sua prima, de idade avançada e grávida: uma coisa estranha, milagrosa. 

Maria levantou-se à pressa e vai ter com Isabel. Parte para ajudar e partilhar a sua alegria.  parte com generosidade, sem se deixar intimidar pelos desconfortos da viagem, respondendo a um impulso interior que a chama a estar perto e a ajudar. Vai a pé, por uma longa estrada com muitos quilómetros." 
(da caminhada de Advento-Natal SDEC)


Agradeçamos a generosidade e o amor da Virgem Maria, que nos deu a grande bênção do seu Filho Jesus. 

[sugestão] 

Rezar o Angelus com as suas 3 Ave-Marias
ao nascer do sol, ao meio-dia e ao fim da tarde

seguido da oração de colecta, como está acima no n. 2,

 terminando com o Glória ao Pai (3 vezes)!»


No Teu Silêncio


«No Teu silêncio acolho o mistério
Vindo viver bem dentro de mim
És Tu que vens, só Tu és verdadeiro
Só Tu me acolhes em Ti, Jesus

Nascente viva que me nasce dentro
É este dom que mora em mim
A Tua presença é um fogo de amor
Que envolve a minha alma, Jesus

Ora o Teu Espírito em mim, diz Pai
Já não sou eu a falar, és só Tu
No infinito oceano de Paz
Vives em mim e eu em Ti, Jesus»
(GEN Verde, Gen Rosso - Nel tuo silenzio)

 

Ero Cras


A partir do dia 17 de Dezembro, o Advento encaminha-nos rapidamente ao Natal.



Alegrem-se os Céus, exulte a terra: 
o Senhor visitará o seu povo.

«O ceptro não se afastará de Judá» (Gén. 49)

O Salmo Responsorial:

=Nos dias do Senhor 
nascerá a justiça e a paz para sempre.  

=Deus, concedei ao rei o poder de julgar 
=e a vossa justiça ao filho do rei. 
=Ele governará o vosso povo com justiça 
=e os vossos pobres com equidade. 

=Os montes trarão a paz ao povo 
=e as colinas a justiça. 
=Ele fará justiça aos humildes 
=e salvará os indigentes. 

=Florescerá a justiça nos seus dias 
=e uma grande paz até ao fim dos tempos. 
=Dominará de um ao outro mar, 
=do grande rio até aos confins da terra. 

=O seu nome será eternamente bendito 
=e durará tanto como a luz do sol; 
=nele serão abençoadas todas as nações, 
=todos os povos o hão-de bendizer.
Salmo 71 (72)


"Eis que vem o desejado de todos os povos 
e encherá de glória o templo do Senhor."
(Antífona da Comunhão cf. Ageu 2, 8)

Ó Sabedoria do Altíssimo, 
que tudo governais com firmeza e suavidade: 
vinde ensinar-nos o caminho da salvação.
(aclamação do Evangelho do dia 17)


17 de Dezembro - um dia bonito, um marco, do caminho da Luz que nos leva ao Presépio. 


[Também neste dia nasceu Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco (17-12-1936)]

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*Ero Cras

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