Neste nosso caminho carregamos uma pedra. Pedra que pode ser tanta coisa na nossa vida: pedra do caminho, de arremesso, de tropeço, de toque, de apoio, de ponte, de construção, de túmulo, esculpida, travesseiro ou assento... pedra angular…
A pedra que simboliza todas as pedras que atiramos a Cristo com os nossos pecados, que colocamos no caminho dos outros, que nos podem fazer tropeçar no caminho da vida… ou a pedra viva que devemos ser.
Trazemos uma Pedra para o caminho:– O caminhante tropeçou nela.
– O violento utilizou-a como projéctil.
– O empreendedor construiu com ela.
– O camponês cansado utilizou-a como assento.
– A criança brincou com ela para fazer círculos no lago.
– David com ela matou o gigante Golias.
– Miguel Ângelo tirou dela a mais bela escultura.
– E Deus… Deus plantou nela uma cruz redentora.
– E nós, e eu… que farei das pedras que a vida me dá?
Em todos estes casos, a diferença não está na pedra, mas na pessoa que a usou.
Que não exista pedra no nosso caminho que não possamos aproveitar para nosso crescimento.
1.ª Estação — Jesus é condenado à morte
Jesus é a “pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus” que se tornou “pedra angular” de toda a Igreja.
2.ª Estação — Jesus carrega com a Cruz
Antes de Jesus carregar a cruz, esta era um sinal de condenação, destruição e morte. A cruz de Jesus tornou-se uma pedra de toque, passou a significar redenção e sacramento de vida eterna.
3.ª Estação — Jesus cai pela primeira vez
Jesus caiu como pedra sobre as pedras do caminho. Apesar disso, Ele é a rocha firme sobre a qual podemos edificar.
4.ª Estação — Jesus encontra a sua Mãe
Maria foi a pedra de apoio para Jesus.
Também nós podemos ser, tal como Maria, um apoio solidário para quem ao nosso lado mais precisa.
5.ª Estação — O Cireneu ajuda Jesus a levar a Cruz
Há pedras que são lançadas para unir, para criar pontes. Simão de Cirene foi uma dessas pedras vivas que se transformou em ponte de ajuda solidária.
6.ª Estação — Verónica limpa o rosto de Jesus
E a face divina ficou gravada, como pedra esculpida, no lenço desta mulher.
7.ª Estação — Jesus cai pela segunda vez
Não foram os grandes pedregulhos que O deitaram por terra, foram as pedras soltas da calçada. Também na nossa vida nos atrapalham as pequenas pedras e os grãos de areia que se alojam no nosso sapato.
8.ª Estação — Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
Mulheres pedras vivas.
Também nós – como pedras vivas – entramos "na construção de um edifício espiritual, em função de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.”
(1 Pedro 2, 5)
9.ª Estação — Jesus cai pela terceira vez
Não admira que Jesus tenha escorregado e caído nas pedras lisas e gastas do caminho por onde passavam tantos transeuntes. Não há calvário sem pedras. Não há caminho sem pedras, nem vida sem cruz, nem cruz sem Cristo.
10.ª Estação — Jesus é despojado das suas vestes
Eram de pedra os corações dos que lhe arrancaram assim as suas vestes.
E os corações de pedra são pesados, frios, não se comovem.
11.ª Estação — Jesus é pregado à Cruz
Firme no amor divino, como ilhéu de pedra firme no meio do mar, assim é Jesus pregado na cruz.
12.ª Estação — Jesus morre na Cruz
Jesus tombou, sem vida. Como uma pedra.
Mas do seu coração, ao ser trespassado pela lança do soldado, saíram sangue e água – as duas pedras preciosas que brotaram do alto do Calvário.
13.ª Estação — Jesus é descido da Cruz
Na sua peregrinação por esta terra Jesus disse que nem tinha de seu uma pedra onde pudesse reclinar a cabeça. Ao ser descido da cruz, encontrou esse apoio no ombro da sua mãe, tal como ao nascer, Maria foi a pedra segura em que repousou.
14.ª Estação — Jesus é depositado no sepulcro
Foi rolada a pedra do túmulo.
Só a força de Cristo ressuscitado poderá derrubar as pedras ou os muros da morte.
(um pequeno excerto da via-sacra que realizámos na paróquia)
Votos de uma Feliz Páscoa de ressurreição e vida!