No primeiro domingo de Maio, em Portugal, é dia da mãe. É um convite a vivermos a maternidade, a começar por aquela que foi instrumento privilegiado para vivermos uma existência plena de sentido. Se começa por nos ajudar a situar neste mundo, contudo, o plano é bem mais largo, pois faz parte dos projectos de Deus, que para isso nos gerou para uma vida nova, através da nossa mãe Igreja. Mas também se alarga o horizonte, ao conhecermos o amor numa vida mais plena, esta maternidade é assumida na forma mais sublime, através de Maria, mãe de Jesus e de todos os homens. No entanto devemos acentuar que, verdadeiramente, o dia da mãe diz respeito sobretudo à missão daquela que Deus escolheu para nos trazer para a vida, com sentido integral, para não se reduzir a simples progenitora.
Ao celebrarmos o 5º domingo de Páscoa, a Palavra de Deus convida-nos a aprofundar o sentido da vida que a Igreja nos transmite, pois somos comunidade que nasce da vida de Jesus. Assumimos o desafio de procurar viver e crescer como membros, unidos pela fé e pelo amor, na realização dos desígnios de Deus, para termos a vida, a que Deus nos chama. Assim, somos membros da família de Deus, e templo espiritual, como pedras vivas, convidados a seguir o caminho, que é Jesus. É assim que nos inserimos neste plano e queremos corresponder à forma mais bela da nossa realização.
Deus todo poderoso e eterno, realizai em nós sempre o mistério pascal, para que, tendo sido renovados pelo santo Batismo, com o auxílio da vossa proteção, demos fruto abundante e alcancemos as alegrias da vida eterna. Por NSJC… (Oração de coleta do V domingo da Páscoa)
A graça do Baptismo faz-nos viver o mistério pascal de Jesus Cristo, que actualizamos na celebração da Eucaristia. Para que a água do Baptismo, que nos deu uma vida nova, não fique estagnada, importa que ela se manifesta através da abundância de frutos, que nos levem a experimentar as alegrias eternas.
«Respondeu-lhe
Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”» (
A vida é um dom de Deus. D’Ele vimos e para Ele vamos. Então, importa viver n’Ele, para caminharmos para Deus. A nossa vida deve ser uma vida em Cristo. Só por Ele podemos experimentar a autenticidade desta relação, numa verdadeira comunhão com Deus. Digamos a Jesus, em oração, a importância que Ele tem para nós.
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a semana que segue ao V Domingo do Tempo Páscal, ano A)