segunda-feira, maio 08, 2023

A nossa mãe e a mãe Igreja

No primeiro domingo de Maio, em Portugal, é dia da mãe. É um convite a vivermos a maternidade, a começar por aquela que foi instrumento privilegiado para vivermos uma existência plena de sentido. Se começa por nos ajudar a situar neste mundo, contudo, o plano é bem mais largo, pois faz parte dos projectos de Deus, que para isso nos gerou para uma vida nova, através da nossa mãe Igreja. Mas também se alarga o horizonte, ao conhecermos o amor numa vida mais plena, esta maternidade é assumida na forma mais sublime, através de Maria, mãe de Jesus e de todos os homens. No entanto devemos acentuar que, verdadeiramente, o dia da mãe diz respeito sobretudo à missão daquela que Deus escolheu para nos trazer para a vida, com sentido integral, para não se reduzir a simples progenitora.

Ao celebrarmos o 5º domingo de Páscoa, a Palavra de Deus convida-nos a aprofundar o sentido da vida que a Igreja nos transmite, pois somos comunidade que nasce da vida de Jesus. Assumimos o desafio de procurar viver e crescer como membros, unidos pela fé e pelo amor, na realização dos desígnios de Deus, para termos a vida, a que Deus nos chama. Assim, somos membros da família de Deus, e templo espiritual, como pedras vivas, convidados a seguir o caminho, que é Jesus. É assim que nos inserimos neste plano e queremos corresponder à forma mais bela da nossa realização.

Deus todo poderoso e eterno, realizai em nós sempre o mistério pascal, para que, tendo sido renovados pelo santo Batismo, com o auxílio da vossa proteção, demos fruto abundante e alcancemos as alegrias da vida eterna. Por NSJC… (Oração de coleta do V domingo da Páscoa)

A graça do Baptismo faz-nos viver o mistério pascal de Jesus Cristo, que actualizamos na celebração da Eucaristia. Para que a água do Baptismo, que nos deu uma vida nova, não fique estagnada, importa que ela se manifesta através da abundância de frutos, que nos levem a experimentar as alegrias eternas.

«Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”» (Jo. 14, 1-12)

A vida é um dom de Deus. D’Ele vimos e para Ele vamos. Então, importa viver n’Ele, para caminharmos para Deus. A nossa vida deve ser uma vida em Cristo. Só por Ele podemos experimentar a autenticidade desta relação, numa verdadeira comunhão com Deus. Digamos a Jesus, em oração, a importância que Ele tem para nós.

 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a semana que segue ao V Domingo do Tempo Páscal, ano A)

Também em vídeo, comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
 

terça-feira, maio 02, 2023

Sigamos o Bom Pastor!

 «O IV Domingo de Páscoa é também conhecido pelo domingo do Bom Pastor, em virtude do evangelho, que neste domingo nos é proposto, na Eucaristia. O Bom Pastor vem conduzir o rebanho, e levá-lo às melhores pastagens, para lhes dar vida em plenitude, ao contrário dos falsos pastores, que exploram e se servem das ovelhas. O Pastor conhece cada ovelha pelo seu nome, e chama-a, caminha à sua frente, e as ovelhas precisam conhecer a sua voz, e segui-lO.

Na 1ª leitura, Pedro fala de Jesus Cristo ao coração do povo, que se interroga: “Que havemos de fazer, irmãos?” Cada um de nós também deve fazer a mesma pergunta, uma vez que só Cristo nos pode realizar plenamente. Uma vez que fomos chamados, lembra-nos a 2ª leitura, procuremos seguir os seus passos, pois somos seus discípulos, e só Ele nos faz felizes.

Deus Todo Poderoso e Eterno, conduzi-nos à posse das alegrias celestes, para que o pequenino rebanho dos vossos fiéis chegue um dia à glória do reino, onde já Se encontra o seu poderoso Pastor, Jesus Cristo, vosso Filho, Ele que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.   (Oração de Colecta do IV Domingo de Páscoa)

Que maravilhosa oração, a convidar-nos a abrir o coração, para beneficiarmos da vida que Jesus Cristo, nosso Bom Pastor, nos oferece, e por isso O queremos acolher e seguir, deixando o instante para ficarmos com o eterno!

"Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância." (Jo. 10, 1-10)

Como ovelhas, precisamos de escutar a voz do Pastor, para O seguirmos e participarmos na vida abundante que nos oferece. Falemos com Ele. Digamos-Lhe da importância que Ele tem para nós. Escutemo-lO, respondamos-Lhe, e sigamo-lO!»

 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a semana que segue ao IV Domingo do Tempo Páscal, ano A)


«Jesus não foi, nem quis que os seus seguidores fossem “CARNEIRADA!”. O seu pastoreio não tinha nada a ver com poder que se impõe, nem liderança que arrasta, nem controle das consciências. (...) Segui-lo implica uma relação pessoal profunda, feita de confiança e de amor.» (Padre JoãoTorres,“Pensar diferente da carneirada”)

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