«O Evangelho deste domingo recolhe algumas parábolas brilhantes de Jesus, que pretendem comunicar algo, que tantas vezes esquecemos: o encontro com Deus é a coisa mais bela que nos pode acontecer, é uma surpresa pela qual vale a pena abandonar tudo, uma alegria que nos faz esquecer todo o resto. Mas para que tal aconteça temos que agir com astúcia e urgência.»
«No XVII Domingo comum, a liturgia da Palavra interpela-nos para assentarmos a construção da nossa vida
nos valores fundamentais que Cristo nos transmite. A 1ª leitura apresenta-nos o
exemplo de Salomão, que não se deixa enganar por valores passagerios e
frustrantes. Na continuidade, da carta aos romanos, somos chamados a descobrir como ”Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O
amam”. No evangelho, através das parábolas somos instruídos nos valores do
Reino, através do tesouro escondido, da pérola mais preciosa e da rede.
"Senhor nosso Deus, protector dos que em Vós esperam, sem Vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens temporais que possamos aderir, desde já, aos bens eternos. Por NSJC…" (Oração da colecta do XVII Domingo comum)
Com certeza que os bens deste mundo são bons, úteis e necessários. Mas não nos deixemos enganar: são passageiros, e não devem sobrepôr-se aos bens eternos. Por isso, precisamos viver as parábolas de hoje.
"Todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas". (Mt. 13, 44-52)
Não somos escribas, mas pedimos a Deus
que nos instrua, para percebermos e experimentarmos o valor indispensável e
riqueza mais preciosa do Reino, numa vida em Cristo.
Como Salomão, mais do que riqueza ou vida longa, precisamos da sabedoria, para fazermos as verdadeiras opções, pelos valores eternos.»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a semana que segue ao XVII Domingo Comum, ano A)