segunda-feira, agosto 28, 2023

Quem é Cristo para mim?

«Quem sou Eu para ti? 
 Pergunta de Jesus a cada um de nós! 
(...) 
Eu posso ser seu: “simpatizante” e “ouvinte” ou seu “amigo” e “seguidor”. 
(...) 
Cristo não é o que digo d’Ele, mas o que vivo d’Ele... 
Cristo não é as minhas palavras, mas o que d’Ele arde em mim... 

Quem sou Eu para ti? 
Deus não quer saber do que sabemos d’Ele, mas da nossa paixão por Ele…»
(Padre João Torres, Quem sou Eu para ti?)

Vivemos o 21º Domingo comum, em que na liturgia da Palavra percebemos a necessidade de ter duas traves mestras para manifestar a autencidade da fé: a relação com Cristo e com a Igreja

A manifestação da fé em Cristo oferece-nos o dom da Igreja, que leva a dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. No evangelho deste dia verificamos a dificuldade de perceber a identidade de Jesus, mas nos nossos dias continua a haver tantas lacunas, no conhecimento da sua vocaçáo e missão, por parte de muitos cristãos! Por isso, continua a ser vital perceber quem é Jesus para nós.

Senhor nosso Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por NSJC… (Oração de colecta do XXI Domingo comum)

Como é bela esta oração, num convite a mergulhar onde se encontram as verdadeiras alegrias, as únicas que nos realizam e tornam felizes! Reparem que nos basta um único desejo!

«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt. 16, 13-20)

Façamos também esta confissão de fé, como Pedro. Repitamo-la com frequência, ao longo da semana.

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a XXI semana Comum, ano A)

segunda-feira, agosto 14, 2023

Jesus está connosco

«O tempo de férias, mais do que ser apenas aproveitado para descanso, deve proporcionar a descoberta de outros horizontes, privelegiar a relação pessoal, nomeadamente com a família e amigos, aprofundar a dimensão de Deus, e valorizar a beleza da natureza e do ambiente. Se isso não acontecer, podemos terminar este tempo de repouso mais cansados, deprimidos e empobrecidos. Que por isso seja bem vivido!

Celebrámos o XIX Domingo comum. Mas, durante a semana, ocorre a solenidade da Assunção de Nª Senhora, que não podemos ignorar. A autenticidade da nossa fé não pode passar à margem, ou no esquecimento, desta perspectiva. Oxalá tenhamos a determinação de não esquecer esta participação.

A liturgia deste domingo convida a abrir-nos à revelação de Deus. Fala-nos de um Deus apostado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história. Como o profeta Elias, o encontro com Deus faz-se na simplicidade e na interioridade. Ele está na “brisa suave”. Que não tenhamos recusas, na relação com Ele, como S. Paulo lembra aos romanos. Mas, as adversidades devem proporcionar a experiência da fé, para sermos fortalecidos na confiança, como Jesus lembrou a Pedro, no episódio da tempestade na barca.

"Deus todo poderoso e eterno, a quem o Espírito Santo nos ensina a chamar confiadamente nosso Pai, fazei crescer o espírito filial em nossos corações para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por NSJC…" (Oração de  Colecta do XIX Domingo comum)

"Tu és verdadeiramente o Filho de Deus." (Mt. 14, 22-33)

Como os discípulos, prostremo-nos e adoremos, rezando esta Palavra, com frequência.

Como é bom experimentar a presença de Jesus, na barca da Igreja, acompanhando a caminhada da História, para enfrentar as tempestades de todos os tempos! Também a nós, Jesus poderá ter de dizer: "homem de pouca fé, porque duvidaste?" No reconhecimento da sua divindade, Ele continua a encher-nos de confiança.»

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para  XIX semana do Tempo Comum, ano A)

 
«Às vezes estamos no meio de uma tempestade... levantam-se ondas de obscuridades sem sentido, de medos paralisantes, de dúvidas angustiantes... sopram outros ventos tempestuosos que nos ameaçam, arrastando tantas seguranças que nos sustentaram, quebrando tantos salva-vidas aos quais nos agarrávamos... 

Mas, no meio das tempestades urge não perder a calma, ter a coragem de “permanecer na barca” e não permitir que o ruído dos ventos nos vença, que os relâmpagos nos ceguem, que as ondas nos levem... 

Afinal, somos “seres de travessia”. Jesus está connosco e nos diz: “Coragem! Sou eu, não tenhais medo!»



domingo, agosto 06, 2023

Transfigurados por Cristo

«A celebração da Eucaristia é fundamental, para uma fé autêntica e coerente. Não pode haver domingo sem Eucaristia.

Hoje celebrar-se-ia o XVIII Domingo comum, mas como ocorre no dia 6 de Agosto, tem preferência a celebração da festa da Transfiguração do Senhor, que é própria deste dia. Será bom saber que a festa da Transfiguração do Senhor, celebrada no Oriente desde o século V, celebra-se no Ocidente desde 1457. Por ser importante, o Papa S. João Paulo II, ao propor novos mistérios para a recitação do terço (Luminosos), um deles reflecte precisamente a Transfiguração do Senhor. A Transfiguração, manifestação da vida divina, que está em Jesus, é uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Os Apóstolos, quando virem Jesus na sua condição de Servo, não poderão esquecer a sua condição divina.

Deus eterno e omnipotente, que na gloriosa transfiguração do vosso Filho Unigénito confirmastes os mistérios da fé, com o testemunho da Lei e dos Profetas, e de modo admirável anunciastes a adopção filial perfeita, fazei que, escutando a Palavra do vosso amado Filho, mereçamos participar da sua glória. Por NSJC…  (Oração de colecta da Transfiguração do Senhor)

Que belíssimo quadro da transfiguração do Senhor! Queremos participar com Ele, para obtermos também a graça da transfiguração. Na oração do fiéis, na Eucaristia de hoje, pedimos esse dom!

"Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O". (Mt 17,1-9)

Que bom escutarmos também nós!»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para  XVIII semana Comum, ano A)

 

«A JMJ é uma verdadeira Transfiguração de luz e de beleza... Trata-se de ver Jesus como o sol da nossa vida, e a nossa vida mover-se debaixo do sol de Deus. Isso provoca alegria e contágio. Ajuda-nos a alcançar outra perspectiva de vida, mais luminosa, mais positiva, mais confiante.
 
O primeiro passo para se ser contagiado pela beleza e luz de Deus é a escuta, dar tempo e coração ao seu Evangelho. E depois segui-lo, amando as coisas que Ele amava, preferindo aqueles que Ele preferia, reprovando o que Ele reprovava.»

Então veremos a gota de luz oculta no coração vivo de todas as coisas, veremos um rebento de luz despontar e subir dentro de nós.»

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