Vivemos o 21º Domingo comum, em que na
liturgia da Palavra percebemos a necessidade de ter duas traves mestras para
manifestar a autencidade da fé: a relação com Cristo e com a Igreja.
A
manifestação da fé em Cristo oferece-nos o dom da Igreja, que leva a dar testemunho da proposta de
salvação que Jesus veio trazer. No evangelho deste dia verificamos a dificuldade de perceber a identidade
de Jesus, mas nos nossos dias continua a haver tantas lacunas, no conhecimento
da sua vocaçáo e missão, por parte de muitos cristãos! Por isso, continua a ser
vital perceber quem é Jesus para nós.
Senhor nosso Deus, que unis os corações
dos vossos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere
o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os
nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por NSJC… (Oração de colecta do XXI Domingo comum)
Como é bela esta oração, num convite a
mergulhar onde se encontram as verdadeiras alegrias, as únicas que nos realizam
e tornam felizes! Reparem que nos basta um único desejo!
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt. 16, 13-20)
Façamos também esta confissão de fé, como
Pedro. Repitamo-la com frequência, ao longo da semana.
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a XXI semana Comum, ano A)
«O tempo de férias, mais do que ser apenas aproveitado
para descanso, deve proporcionar a descoberta de outros horizontes, privelegiar
a relação pessoal, nomeadamente com a família e amigos, aprofundar a dimensão
de Deus, e valorizar a beleza da natureza e do ambiente. Se isso não acontecer,
podemos terminar este tempo de repouso mais cansados, deprimidos e
empobrecidos. Que por isso seja bem vivido!
Celebrámos o XIX Domingo
comum. Mas, durante a semana, ocorre a solenidade da Assunção de Nª Senhora,
que não podemos ignorar. A autenticidade
da nossa fé não pode passar à margem, ou no esquecimento, desta perspectiva. Oxalá tenhamos a determinação de não esquecer esta participação.
A liturgia deste domingo convida a
abrir-nos à revelação de
Deus. Fala-nos de um Deus apostado em percorrer, de braço dado com os homens,
os caminhos da história. Como o profeta Elias, o encontro com Deus faz-se na
simplicidade e na interioridade. Ele está na “brisa suave”. Que não tenhamos
recusas, na relação com Ele, como S. Paulo lembra aos romanos. Mas, as
adversidades devem proporcionar a experiência da fé, para sermos fortalecidos
na confiança, como Jesus lembrou a Pedro, no episódio da tempestade na barca.
"Deus todo poderoso e eterno, a quem o
Espírito Santo nos ensina a chamar confiadamente nosso Pai, fazei crescer o
espírito filial em nossos corações para merecermos entrar um dia na posse da
herança prometida. Por NSJC…" (Oração de Colecta do XIX Domingo comum)
"Tu és verdadeiramente o Filho de Deus." (Mt. 14, 22-33)
Como os discípulos, prostremo-nos e
adoremos, rezando esta Palavra, com frequência.
Como é bom experimentar a presença de Jesus, na barca da Igreja, acompanhando a caminhada da História, para enfrentar as tempestades de todos os tempos! Também a nós, Jesus poderá ter de dizer: "homem de pouca fé, porque duvidaste?" No reconhecimento da sua divindade, Ele continua a encher-nos de confiança.»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para XIX semana do Tempo Comum, ano A)
«Às vezes estamos no meio de uma tempestade... levantam-se ondas de obscuridades sem sentido, de medos paralisantes, de dúvidas angustiantes... sopram outros ventos tempestuosos que nos ameaçam, arrastando tantas seguranças que nos sustentaram, quebrando tantos salva-vidas aos quais nos agarrávamos...
Mas, no meio das tempestades urge não perder a calma, ter a coragem de “permanecer na barca” e não permitir que o ruído dos ventos nos vença, que os relâmpagos nos ceguem, que as ondas nos levem...
Afinal, somos “seres de travessia”. Jesus está connosco e nos diz: “Coragem! Sou eu, não tenhais medo!»
«A celebração da Eucaristia é fundamental, para uma fé autêntica e coerente. Não pode haver domingo sem Eucaristia.
Hoje celebrar-se-ia o XVIII Domingo comum, mas como ocorre no dia 6 de Agosto, tem preferência a celebração da festa da Transfiguração do Senhor, que é própria deste dia. Será bom saber que a festa da Transfiguração do Senhor, celebrada no Oriente desde o século V, celebra-se no Ocidente desde 1457. Por ser importante, o Papa S. João Paulo II, ao propor novos mistérios para a recitação do terço (Luminosos), um deles reflecte precisamente a Transfiguração do Senhor. A Transfiguração, manifestação da vida divina, que está em Jesus, é uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Os Apóstolos, quando virem Jesus na sua condição de Servo, não poderão esquecer a sua condição divina.
Deus eterno e omnipotente, que na
gloriosa transfiguração do vosso Filho Unigénito confirmastes os mistérios da
fé, com o testemunho da Lei e dos Profetas, e de modo admirável anunciastes a
adopção filial perfeita, fazei que, escutando a Palavra do vosso amado Filho,
mereçamos participar da sua glória. Por NSJC… (Oração de colecta da Transfiguração do Senhor)
Que belíssimo quadro da transfiguração do Senhor! Queremos participar com Ele, para obtermos também a graça da transfiguração. Na oração do fiéis, na Eucaristia de hoje, pedimos esse dom!
"Este é o meu Filho muito amado, no qual
pus toda a minha complacência. Escutai-O". (Mt 17,1-9)
Que bom escutarmos também nós!»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para XVIII semana Comum, ano A)
«A JMJ é uma verdadeira Transfiguração de luz e de beleza... Trata-se de ver Jesus como o sol da nossa vida, e a nossa vida mover-se debaixo do sol de Deus. Isso provoca alegria e contágio. Ajuda-nos a alcançar outra perspectiva de vida, mais luminosa, mais positiva, mais confiante.
O primeiro passo para se ser contagiado pela beleza e luz de Deus é a escuta, dar tempo e coração ao seu Evangelho. E depois segui-lo, amando as coisas que Ele amava, preferindo aqueles que Ele preferia, reprovando o que Ele reprovava.»
Então veremos a gota de luz oculta no coração vivo de todas as coisas, veremos um rebento de luz despontar e subir dentro de nós.»