quinta-feira, dezembro 27, 2007

Fogo!


(Pintura de Gustav Klimt)

Reclino a cabeça
Que dor lancinante é esta
Que me oprime o peito
Me corta a voz
Me fecha os olhos?

Embrenho-me em núvens cor-de-rosa
Neblinas de algodão doce
Percorro carreiros de tempo
Por entre luzes de néon

Dou comigo frente a um espelho
De água cristalina, transparente
E passo para o lado de lá
Sou menina
Rodeada de bolas de sabão

De repente, no ar, um estrondo
E luzes brilhantes, arrebatadoras
Chego perto e tomo nas mãos
O mais magnífico fogo de artifício
De dois mil e oito

Abro os olhos. Socorro!
Estou a arder...

Em febre!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Anuncio-vos uma grande alegria!



Hoje é o dia da vitória e da verdade,
Da nudez e da encarnação da história.
Vinde todos contemplar e adorar,
Pousem armas porque a vida vai mudar.

O menino que nasceu é Deus connosco
Povos todos exultai de alegria
É o dia de criar um mundo novo
Onde todos são iguais em harmonia

Como borboletas que bebem nas flores
Beberão nas fontes da paz,
Da Eucaristia e do perdão
De todos os cantos da terra virão. (bis)

Como a paz não se constrói sem liberdade,
A verdade não se vive sem amor.
Povos todos agarrai-vos ao que é vida
Porque o mundo foi tomado p’lo Senhor.

Lá do alto veio a paz e a redenção
Fez-se Homem o Deus vivo e verdadeiro
Povos todos agarrai-vos ao que é vida
Porque Deus está a nascer no mundo inteiro.
(Pe. Zé Luís, MEJ Shalom, Canção da Fraternidade)


Acordes, pauta e ouvir


Que, neste Natal, Deus Menino nos encha de LUZ, PAZ, AMOR, SAÚDE E HARMONIA.
E que lhe possamos retribuir deixando que Ele viva sempre nos nossos corações!


domingo, dezembro 23, 2007

Emanuel - Deus connosco

"Eis que uma Virgem conceberá
E dará à luz um filho
Chamado Emanuel"
(Mt. 1,23)


terça-feira, dezembro 18, 2007

O lugar do Natal

Acho que andamos para aqui a brincar ao Natal!

O Natal não pode ser só, prendinhas, decorações, árvore de Natal, presépio, consoada…

Natal é nascimento, é festa de amor, do Amor. Do amor de Deus, que por amor se fez um de nós. Que quis vir ao mundo dos Homens como Homem, nascendo numa pobre manjedoura de animais, pobre no meio dos pobres, para nos ajudar a ver que a verdadeira felicidade não está nas riquezas do mundo.

O Natal é para ser visto com os olhos da fé e para ser celebrado com um coração agradecido. Não é para ser vivido superficialmente, e para quando as luzes se apagarem e se retirarem todas as decorações, tudo voltar a ser como se não tivesse sido Natal, e nada tenha restado do essencial da mensagem.

Natal. Num primeiro plano, um pobre estábulo com um menino, e num segundo, um mundo de miséria, de tristeza, contrastando com um mundo sumptuoso de luxo e de egoísmo.

Não podemos tapar o sol com a peneira e fingir que não é assim.

No entanto, nos homens sobressai o imenso desejo de viver na paz e no amor.

É Deus que quer nascer dentro de nós, de todos e de cada um!

Estamos nós dispostos a criar condições no nosso interior para que Ele lá nasça?

É que se Jesus não nasce no nosso interior, na nossa vida, não é Natal! Se não tivermos mais amor nas nossas vidas, nas nossas relações com os outros, não é Natal! Deus só nasce, no coração de quem se dispõe ao amor, de quem estiver disposto a acolhê-lo!

Como podem os homens querer mudar algo, mudar o mundo, se não mudarem a sua estrutura interior? Se não prepararem dentro de si o presépio, com pobreza, humildade, amor, partilha, paz?!

Quero acreditar que a maioria não irá ficar nas compras, nas jantaradas, nas vaidades, no comodismo, num natal pagão. Que cada vez mais pessoas abrirão o coração com alegria e se darão aos outros que estão ao seu lado, aos mais pobres e desprotegidos, aos que têm mais necessidades económicas, aos que não têm Deus, pão, casa, amor... sem nada esperar em troca. E que farão do Natal todos os dias do ano.

Afinal, “Natal é quando um homem quiser”! Sempre que se quiser!

Celebremos na alegria a festa do Deus Menino.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Uma alegria

Ó meu Menino Jesus
Vinde ao meio da Igreja
Que vos quero adorar
Onde todo o mundo veja

Ó meu Menino Jesus
Vestido de azul celeste
Eu hei-de aprender a ler
Vós heis-de ser o meu Mestre

(Natal da Beira)


Recordando, com nostalgia, que dessa vez foram os meus meninos mais idosos que brilharam.
Era vê-los todos aprumadinhos, em palco, a cantar com toda a genica!
(Ali para as curvas, esses meninos da terceira idade do Centro de Dia e do Centro de Convívio... cantaram, tocaram, dançaram... e no fim ainda queriam mais...)

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Mais que um menino

Mais que um menino,
envolto em palhas
Jesus meu Senhor,
no primeiro natal
Mais do que o filho,
do carpinteiro,
Levaste o pesar,
do mundo em Tua mão

Tu és a minha esperança,
Tudo o que tenho,
Tudo o que sou,
Em ti encontrei a Paz,
Um dia vieste,
como os anjos disseram
A luz do mundo para nós

Mais que uma estrela,
brilhando na noite,
Mais que a visão,
que pastores tiveram,
Mais que homens sábios,
trazendo riquezas,
Tu és o Messias profetizado

Virias dar nova vida,
Soltar do pecado,
e nos libertar,
Em ti há paz eterna,
Um dia vieste,
como os anjos disseram,
A Luz do mundo para nós

Sim, um dia vieste,
como os anjos disseram
Nosso redentor e Senhor


(More Than A Child - em português)



Sylvia Fleming - More Than A Child wma

More Than A Child (Mais aqui)

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Retrospectiva


A Marta colocou aos seus leitores um desafio a que me senti tentada a responder. A ideia era fazer um texto, com sentido, onde seriam empregues os títulos das dez últimas postagens.

Nisto dei por mim a pensar em como gostaria de reencontrar uma velha amizade perdida
É que as amizades da adolescência e da juventude acabam, quase sempre, por se modificar ou perder. Surgem outras motivações, interesses, amores.
Acabamos por fazer
opções radicais quando colocamos o amor acima de tudo, ainda para mais, um certo tipo de amor, aquele que deriva da paixão sentida por uma pessoa especial e que não deixa ver um palmo à frente do nariz, como me aconteceu a mim. Mas não me arrependo de nada, hoje faria tudo de novo! Amaria cegamente ao ponto de me esquecer de mim, me anular, como fiz, tendo como base uma cultura do dar, em que o principal objectivo é fazer feliz a pessoa com quem se compartilha tudo. Aliás, passados tantos anos, continuo a fazer cenas ridículas como a de declarar publicamente “Je t’aime… J”.
É claro que durante todos estes anos de vida em comum, outros amores chegaram, se sobrepuseram e me tornaram na mãe
galinha que não consigo deixar de ser.
Mas não pensem que tudo foram ou são rosas! Melhor, sempre me rodeei de rosas, sim, muitas rosas, mas com muitos espinhos, de vários tamanhos e feitios! Senti a carne e a alma rasgadas por eles. Por vezes seria mais cómodo baixar os braços perante tantas inquietações, pois que
elas não matam… mas moem!

Mas o melhor, mesmo, é seguir em frente sem olhar muito para trás!
Para quê sentir em excesso? Afinal, ontem foi dia de Karaoke e hoje ainda ando a cantarolar la la la la…!

Este foi um exercício engraçado que gostei muito de compor.
Quem quiser experimentar a construir um texto com estas regras vai ver como é interessante e não é difícil.


segunda-feira, dezembro 03, 2007

Ontem foi dia de Karaoke

Ó rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho.

Há um degrau no meu leito
Que é feito p'ra ti somente
Meu amor sobe-o com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito.

Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Ó meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti.


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