quarta-feira, setembro 14, 2022

Com blogues e companhia

“O mundo vai girando/ Cada vez mais veloz/ A gente espera do mundo/ E o mundo espera de nós…”[*]

Foi assim, com o mundo a correr a uma velocidade estonteante, que resolvi deixar (es)correr o meu mundo como música numa pauta, aqui, em Partilhas em Fá menor (partilhas-em-fa-m.blogspot.com) e me tornei blogger em formato de acorde menor.

Andávamos, então, pelo início do ano de 2007, e as TIC tinham começado a mostrar-me um fascinante mundo novo, abrindo-me portas ao desconhecido para lá de um monitor de computador.

Como é que uma mãe de família se mete nestas coisas?!

A verdade é que não podemos dar crédito a tudo o que teima em nos querer entrar casa adentro… e eu até era um bocado céptica quando os meus filhos me pediram o primeiro computador e ligação à internet. Achava que, mais do que os ajudar nos estudos, como eles me afiançavam, os iria distrair deles. Aquilo era para mim um “bicho-de-sete-cabeças”.

Quando decidi voltar à escola para recomeçar a estudar, à noite, num Curso Tecnológico de Acção Social, as TIC constituíam uma disciplina obrigatória. É certo que até aí já me tinha abalançado a escrever uns textos no Word por iniciativa própria, frequentado uma formação e obtido um diploma de Competências Básicas em Tecnologias de Informação; mas foi nesta altura que o impulso maior foi dado, até porque o bichinho já se tinha começado a instalar e “quem não avança recua”.

Passado pouco tempo ajudei ao nascimento de outro blogue, que pretendia ser um jornal de parede da turma do CTAS (Curso Tecnológico de Acção Social) Nocturno, disciplina de TEC (Técnicas de Expressão e Comunicação). No âmbito desta disciplina, foi proposta aos alunos desta turma uma actividade inserida no tema “Sociedade da comunicação”. Depois de abordado o tema foi decidida a construção de um jornal e daí, esse blogue: Visão Nocturna (visaonocturna.blogspot.com).

E como não há duas sem três surgiu contrapobreza.blogspot.com, como parte integrante do meu Trabalho da Prova de Aptidão Tecnológica (PAT), o meu Projecto Ecos… em que se me tornou imperioso Sonhar que… é possível acabar com a Pobreza.

É um blogue que fui mantendo activo, até porque não me limitei a esse curso, mas avancei para outro de nível seguinte, de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário; e, no que toca à pobreza, acho que se trata de um assunto cada vez mais inquietante, complexo e de difícil solução, mas a que não nos podemos acomodar.

Bem, mas não me fiquei por aqui. Como blogger em formato de acorde menor, o meu mundo somou e seguiu.

No mundo da blogosfera podemos encontrar de tudo e ainda mais alguma coisa. Eu tive sorte: encontrei essa “mais alguma coisa”. Quando um grupo de bloggers se começou a reunir à volta de jogos sucessivos de 12 Palavras, eu andava por perto e juntei-me a esse grupo, de onde saíram verdadeiros textos de escrita criativa, que foram um pouco depois, em 2008, reunidos em livro: o “22 Olhares sobre 12 Palavras”.
Entretanto comecei a tomar o gosto pela escrita e  abri mais um blogue, ainda em 2007, o Retalhos e Rabiscos (ensaio12.blogspot.com), onde fui começando a ensaiar mais uns rabiscos em retalhos soltos.

Como sou inconformista q.b., achei que tinha muito que aprender e inscrevi-me num Campeonato de escrita criativa por e-mail, com Pedro Chagas Freitas (pedrochagasfreitas.com), e nasceu mais um blogue para os textos aí produzidos (e outros exercícios de escrita), o EscreVIvendo (escritariscada.blogspot.com); depois,  seguiram-se dois cursos de escrita criativa da UnyLeYa, com João Braamcamp de Mancelos, cujos textos produzidos foram sendo aí sucessivamente publicados.

Entretanto, comecei a ensaiar outros voos. Já não me satisfazia apenas a escrita nos blogues. Precisava de soltar Um Grito. O grito que me apertou a garganta e que sufoquei durante muitos anos. O grito que uma ave prisioneira numa gaiola, ainda que muito bonita, não é capaz de soltar se não for em voo. Porque chega um tempo em que já não conseguimos conter mais o que nos quer extravasar do peito. Então, ao mesmo tempo que ia escrevendo, comecei a tomar balanço.

Balancei, balancei... e saltei. Saltei para as páginas de um livro, querendo acreditar... que: Talvez que as minhas asas/ de papel/ Que alguém um dia/ não teve pejo de cortar/ podiam ainda ser coladas/ e voar/ porque é preciso acreditar...

O livro, composto de Simplesmente/ Páginas da Memória/ Que se Soltam/ Em Voo no Tempo, saiu em Novembro de 2011. Chama-se “Memória Alada”. Nele: No início dos anos 1970, num mundo a preto e branco, Maria, menina mimosa e ingénua de aldeia, teima em desenhar o seu mundo de outras cores. Uma teimosia e uma ingenuidade rabiscadas em páginas que querem voar de um quase diário.

Mas enquanto tratava com editoras para que este livro visse a luz do dia, e porque “parar é morrer”, não me contive e abri outro blogue. Desta vez Em Fá Sustenido, para experimentar a plataforma sapo (emfasustenido.blogs.sapo.pt); mais tarde,  porque desgostei daquela plataforma, depois de várias tentativas consegui migrá-lo para a plataforma blogspot (emfa-sustenido.blogspot.com).

E assim fui obtendo um pouco de satisfação pessoal; um pouco apenas, porque não consegui ficar por aí. A seguir vieram as fotografias tiradas nas minhas caminhadas quase diárias, e surgiu No Meu Silêncio (silenciosameu.blogspot.com). Mas como "a curiosidade matou o gato", comecei a gastar muito tempo a pesquisar os nomes e características das flores dos meus caminhos, e isso teria de ficar registado em algum lado: então veio novo formato delineado para isso, logo: Pelo Mundo – um Jardim (omundoumjardim.blogspot.com). Mas nem todas cabiam aí nesse formato que idealizei, porque dava muito trabalho e achava que algumas eram _apenas rumores (rumorinhos.blogspot.com).  

Entre uns e outros, em 2018, vieram Algumas outras linhas em que (também) me escrevo  A Linha e a Agulha (alinhaeagulha.blogspot.com), uma espécie de álbum, quase livro de ponto(s), para ir publicando/guardando alguns dos meus trabalhos de linhas e agulhas.

Ah, ainda falta mencionar C(l)ave . de . Fá (famenorarquivo.blogspot.com), que surgiu ainda nos princípios, em 2008  um arquivo meio morto: apenas uma gaveta na cave para ir guardando notas dignas de registo... e alguns outros registos a sair do tom.

E é assim.

“Mesmo quando tudo pede/ Um pouco mais de calma/ Até quando o corpo pede/ Um pouco mais de alma/ Eu sei, a vida não pára/ A vida não pára...

Será que é tempo/ Que lhe falta para perceber?/ Será que temos esse tempo/ Para perder?/ E quem quer saber?/ A vida é tão rara/ Tão rara...

A vida é tão rara.”[*]

________________________________

[*] Lenine, Paciência

sexta-feira, setembro 09, 2022

Oh, Deus de Amor!

(la fa#-)

Amor tão grande, profundo e sublime

(re mi la mi) 

Este é o amor do meu Criador

Não há nada no mundo, que possa igualar-se

Ao terno amor do meu Bom Jesus.

 

(la)

Deus de Amor (Deus de Amor)

(do#-)

Oh Deus de Amor (Oh Deus de Amor)

(re)

Tu és o único (Tu és o único)

(mi)

O Deus de Amor (O Deus de Amor)

(la)

Não há outro Deus (Não, não há)

(do#-)

Fora de Ti (Fora de Ti)

(re)

Fora de Ti (Para mim)

(mi)

Para mim, (Para mim)

(la)

Não há Amor.

 

Só Ele nos Ama, nos compreende e nos guarda

De todos os males que existem aqui

Por isso O adoro, com toda a minha alma

Porque Ele me deu, o Senhor, doce calma.

Deus de amor (Amor tão grande) - pauta

 
Autores: Desconhecidos 
Intérprete(s): Jovens Passionistas

quinta-feira, setembro 01, 2022

Tempo da Criação


Os cristãos são convidados a viver o Tempo da Criação
que começa no dia 1 de Setembro, com o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, e termina a 4 de outubro com a festa de São Francisco:




(Tema de 2021: "Uma casa para todos? Renovando o Oikos de Deus")


(Tema de 2020: “Jubileu pela Terra: Novos Ritmos, Nova Esperança”)



Agradecer; reflectir, informar-se; agir; contemplar; rezar; e saborear:
7 verbos pela Terra, associados a cada dia, em ordem a «reconhecer estes dias para celebrar a riqueza de fé como uma expressão para proteger a nossa Casa Comum».




"Então Deus contemplou toda a sua criação, e viu que era tudo muito bom."  (Gn 1, 31a)



“Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear internamente as coisas.” (Sto Inácio) 

Partilhas maiores