Valerá a pena construir pontes para ultrapassar pedras?
As pedras no nosso caminho fazem-se sempre presença.
Tantas vezes dou comigo a partir pedra, a ser e fazer pontes para passar sobre obstáculos. Em tempo de “Natal dos simples”, “já me cansa esta lonjura”. Será que valerá a pena facilitar sempre o caminho a outros? A todos os outros? Será que cada um não deverá rasgar os seus próprios pés nas pedras que encontra no seu caminho e que, muitas das vezes, ainda faz rolar para o caminho dos outros?
Por vezes a ponte é uma ilusão, para lá dela não existe margem… existe sempre o outro lado, mas às vezes é um abismo. E ficamos, na melhor das hipóteses, ali… suspensos…
Mas:
“Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura”.
Depois de ultrapassadas as pedras, pode ser que os passos fiquem mais firmes.