A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar
A vida talvez sejam só três dias
Eu quero andar sempre devagar
O passado, ainda mais quando diz respeito à infância, espreita-nos, tantas vezes, impregnado de nostalgia. A infância, quer queiramos que não, marca-nos, tanto pela positiva como pela negativa, a vida adulta.
Em tempos escrevi um rol de Sete Coisas marcantes da minha infância. Sete é um número mágico que pode querer dizer tanto e ainda mais. Hoje volto a esse Sete da infância, mas não me vou repetir, apenas completar três coisitas que então deixei por dizer.
Como toda a gente, tenho da minha infância algumas lembranças felizes, dolorosas, hilariantes, vergonhosas e, também, de coisas que gostaria de ter tido como, por exemplo, alguns brinquedos.
E entre os brinquedos que não tive estava uma bola; nem sequer consegui nunca tirar ao primo a bola dos pés dele - que raiva!
Também nunca tive um baldito e uma pá para fazer castelos na areia da praia.
Também nunca tive um baldito e uma pá para fazer castelos na areia da praia.
E também nunca tive direito a nenhuma daquelas navalhas que o arco-íris trazia e deixava no local onde pousava (nunca o consegui apanhar).
Ah, mas tive as estrelas, a lua, o sol, o mar, o vento, a chuva, a rua para brincar; e uma boneca quase tão grande como eu com quatro anos, que as sobrinhas acabaram por estragar.
E tenho agora este selo-certificado-caminhante, cheio de havaianas para calçar, como marca deste e de outros desafios, vindo da Malu e da Teresa, e que me foi passado pela Filipa, para a Canela aqui vir buscar.