domingo, janeiro 19, 2025

“Fazei tudo o que Ele vos disser”

 «A Palavra, que a liturgia deste domingo nos oferece, é um convite ao amor de Deus, como membros do seu Povo. Culminando no evangelho, apresenta-nos a imagem dum casamento, que exprime a experiência privilegiada do amor que Deus (noivo) tem para com o seu Povo (esposa). A mensagem central assenta na revelação desse amor, que importa acolher, e corresponder, para podermos fazer festa, e provar o vinho bom, que nos renova e vivifica. Se a comunidade fica feliz em cada domingo, com o Pão do Céu e o vinho novo do Espírito, esse amor faz com que tenhamos um só coração e uma só alma, na alegria do banquete nupcial.

Essa imagem, já apresentada na primeira leitura, pede-nos que não nos sintamos terra “abandonada” e “deserta”, mas como os esposos que se entregam mutuamente, na alegria, e assim “tu serás a alegria do teu Deus” (Is 62, 5). Para isso, Deus nos oferece os dons do Espírito Santo, que “realiza tudo em todos” (1Cor 12, 6). Abramo-nos, então, para Ele!

Deus eterno e omnipotente, que governais o céu e a terra, escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo e concedei a paz aos nossos dias.  (Oracão de colecta do II Domingo Comum)


Assim invocamos a ajuda de Deus, criador de todas as coisas, para que acolha a nossa oração, e nos conceda os seus dons, particularmente a paz, tão necessária nos nossos dias.
Mas a oração do final do ofertório recorda que sempre que celebramos a Eucaristia, “realiza-se a obra da nossa redenção”. Que maravilha!

“Fazei tudo o que Ele vos disser”  (Evangelho: Jo 2, 1-11)


Seguindo a sugestão e indicação de Maria, centremo-nos em Jesus, acolhamos a Sua Palavra, e unamo-nos a Ele em oração, para que a nossa fé cresça, e participemos na Sua Glória! Sempre que a Igreja, e cada um de nós, faz o que Cristo nos diz, estamos no caminho da vida plena e da íntegra realização! Que o Seu Nome seja louvado!

Continuemos, pois, a caminhada, aprofundando a vida em Cristo, porque somos baptizados, e não podemos ficar indiferentes à Sua proposta. Tal como o profeta, “não me calarei” (Is 62, 1), louvemos, e abrindo-nos ao Espírito, pois “é dado a cada um para proveito comum” (1Cor 12, 7). Precisamos de viver nEle, participar da Sua graça, e testemunhar o sentido de pertença à Sua Igreja, pois é essa a fé que nos gloriamos de professar.»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o II domingo do Tempo Comum, ano C)

«Nas Bodas de Caná, Maria pediu, e Jesus agiu: Ele transformou o vazio em abundância, o comum em extraordinário. Assim também acontece connosco. O amor precisa de cuidado e dedicação, mas é Deus quem faz a diferença. 
Mesmo quando tudo parece frio e vazio, encham os potes. Façam a vossa parte com pequenos gestos e confiem. Deus age no pouco que oferecemos e renova o amor, trazendo de volta a alegria verdadeira.»
Padre João Torres (com vídeo)

quinta-feira, janeiro 16, 2025

Momentos únicos

Em Dia da Igreja Diocesana  no Domingo da Santíssima Trindade.

Na mesma Família
Com o mesmo Pai



"O mesmo Pai
A mesma família
Trazemos cá dentro
No peito a vibrar
E se esquecermos
Esta maravilha
Teu amor
Nos faça lembrar"




Uma oportunidade de experienciar e contemplar Deus-amor, que é família, comunidade, e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.

sábado, janeiro 11, 2025

Baptismo do Senhor

«Terminado o tempo litúrgico de Natal, prosseguimos com a 1ª parte do Tempo Comum, que se inicia com a festa do Baptismo do Senhor. Vai ser um tempo breve, pois se interrompe quando começar a Quaresma e se retoma depois do Pentecostes.

O Tempo Comum são 33 ou 34 semanas, em que não se celebra um aspecto particular do mistério de Cristo, mas o mistério de Cristo na sua globalidade, semana após semana, especialmente aos domingos. Quem quer aprofundar, e enriquecer a sua fé nesta beleza da vida cristã, não pode deixar de participar regularmente na Eucaristia dominical, para crescer no amor de Deus, e beneficiar da sua intimidade, e não permanecer à margem do seu plano, com a vida e salvação que Deus nos quer oferecer. Como nos foi anunciado, participemos, pois, na Eucaristia, “em cada domingo, nossa Páscoa semanal”!

Jesus também frequentava regularmente a Casa de Deus, a sinagoga (Cf. Lc 4, 16); foi ao templo, a Jerusalém, em peregrinação com os pais, quando tinha doze anos; e recebeu o baptismo de João, no início da sua vida pública. Por isso, era praticante!...  
Recebendo um baptismo de arrependimento dos pecados, Jesus, que não conheceu o pecado na sua vida, recebeu esse baptismo para ser solidário connosco, e tomar sobre Si os nossos pecados.


Como escutamos no evangelho deste domingo, João Baptista explica a diferença entre o seu baptismo, com água, e o que Jesus vai trazer, “com o Espírito Santo e com o fogo”.

 “Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo”  ( do Evangelho: Lc. 3, 15-16.21-22)

Deus eterno e omnipotente, que proclamastes solenemente a Cristo como vosso amado Filho quando era baptizado nas águas do rio Jordão e o Espírito Santo descia sobre Ele, concedei aos vossos filhos adotivos, que renascidos pela água e pelo Espírito Santo, a graça de permanecerem sempre no vosso amor.  (da oração de Colecta da festa do Baptismo do Senhor)

Com o baptismo de Cristo, assumimos ter renascido como filhos de Deus, pelo nosso baptismo, e pedimos para permanecer sempre na graça do seu amor! Que bênção tão rica!


Na nossa oração desta semana, façamos a experiência de ser filhos de Deus, pelo baptismo, e, como herdeiros do céu, rezemos com Jesus: Abba, Pater!»
 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão da Festa do Baptismo do Senhor)
Abba Pater! Abba Pater!
Abba Pater! Abba Pater! 
(x2)


domingo, janeiro 05, 2025

Os Reis e a Coragem de Buscar e Recomeçar

«A Epifania é a manifestação a todos os povos, em que Deus oferece a salvação de Jesus também aos que provém do paganismo, que os Magos representam.


A solenidade da Epifania, tradicionalmente designada por festa dos Reis, a 6 de Janeiro, é agora celebrada sempre no domingo imediato ao primeiro dia do ano. Se não fosse assim, a maioria dos fiéis ficaria sem possibilidade de celebrar a liturgia da Epifania, tão importante nas celebrações da Igreja.

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelaste o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa Glória. (oração de coleta da solenidade da Epifania) 

Que graça pedimos? A parte final da oração é bem clara: viver a fé, para termos a felicidade de contemplar o rosto de Deus, face a face!

“Abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra” (do Evangelho Mt 2, 1-12)

Na minha oração, nestes dias, que presentes vou oferecer a Jesus?... Abramos-Lhe o coração!»

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a solenidade da Epifania)



«A viagem dos Magos, porém, não foi fácil. Eles perderam a estrela, procuraram no lugar errado, consultaram Herodes, símbolo do poder e do engano. Quantas vezes também erramos na nossa busca por Deus, olhando para o brilho superficial do mundo? Mas o que torna os Magos inspiradores é a sua paciência para recomeçar. Mesmo diante de quedas e dúvidas, continuaram. E assim encontraram o Menino. A lição é clara: não é o erro que nos define, mas a coragem de nos levantarmos e retomarmos o caminho.

Quando os Magos chegaram a Belém, ofereceram presentes, mas o mais precioso não foi o ouro, o incenso ou a mirra. Foi a sua própria viagem: os desafios superados, o esforço para seguir a estrela e o desejo de encontrar o Salvador. Deus quer que O busquemos com o coração aberto, porque Ele tem sede da nossa sede.
(...)
Procura-O com fé, com paciência, e, quando O encontrares, oferece-lhe o presente mais precioso: a tua busca, o teu caminho, a tua vida.» (Padre João Torres)
...

«Dá-nos Senhor, a coragem dos recomeços.

Mesmo nos dias quebrados
faz-nos descobrir limiares límpidos.
Não nos deixes acomodar ao saber daquilo que foi:
dá-nos largueza de coração para abraçar aquilo que é.

Afasta-nos do repetido,
do juízo mecânico que banaliza a história,
pois a desventra de qualquer surpresa e esperança.

Torna-nos atónitos como os seres que florescem.
Torna-nos inacabados como quem precisa
e deseja e antecipa um amanhã.

Torna-nos confiantes
como os que se atrevem a olhar tudo,
e a si mesmos,
com o encanto e a disponibilidade
de uma primeira vez.»
(Cardeal D. José Tolentino Mendonça)

quarta-feira, janeiro 01, 2025

Oitava do Natal


«Estamos num novo ano, e, de novo, após o que sucedeu há uma semana, temos outra celebração marcante na liturgia da Igreja: no dia 1 de janeiro, a solenidade em honra de Santa Maria, Mãe de Deus, como sempre acontece no início do ano civil.

Com a celebração do dia 1, atinge-se a oitava do Natal, de tal modo importante que se celebra durante uma semana, tal como na Páscoa. São, pois, as celebrações mais marcantes da liturgia da Igreja.

 Senhor nosso Deus, que dais origem a todos os bens e os levais à sua plenitude, nós vos pedimos, nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça, tenhamos também a alegria de receber os seus frutos. 
(Oração de colecta da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus)

A graça que pedimos nesta Eucaristia está bem expressa na segunda parte da oração!


“Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração” 
 (Do Evangelho Lc 2, 16-21)

Como Maria, meditemos e rezemos, ao longo da semana!»

 (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de Janeiro)


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