sábado, junho 28, 2025

sexta-feira, junho 27, 2025

No mês do Sagrado Coração de Jesus


"Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.»" (Lc 22, 19-20)

É na Eucaristia que o Coração de Jesus, o seu amor, se dá todo a nós: corpo, sangue, alma e divindade. 
Ele é o Pão Vivo descido do Céu para ser nosso alimento.
Comungá-lo é viver d'Ele, é permanecer n'Ele, é receber a Vida, é alimentar-se do Pão celeste que dá vida, santifica, cura, transforma, purifica, fortalece, cristifica.
A Eucaristia é a presença de todo o Seu Coração (Amor) e, por isso, deve ser o centro da nossa vida.
No altar temos de aprender com Cristo, com o Seu Coração Eucarístico, a darmo-nos, a ser alimento para os outros viverem através do nosso dom e da nossa entrega, no serviço alegre e humilde, na dádiva de nós aos outros. 
(In: Dário Pedroso, S.J. - Coração Trespassado, O Amor Louco de Deus)


Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus.
 
Mas a Igreja dedicou à sua veneração também um mês inteiro: o mês de Junho.

A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

sábado, junho 21, 2025

Uma pergunta que exige vida

«Retomado o tempo comum da liturgia, celebramos o XII Domingo comum.
A palavra de Deus coloca-nos a pessoa de Jesus, e a sua proposta, no centro, à espera da nossa resposta. Quem é Ele para nós, é o desafio que nos é dirigido. 
O messias e libertador convida-nos a identificar-nos com Ele, tomando a nossa cruz para segui-lO. D’Ele jorra a nascente de graça, que alimentará a nossa fé e a nossa vida, para que sejamos “revestidos de Cristo” (Gal. 3, 27), e O podermos testemunhar com autenticidade. 
Alguns, de entre nós, fizeram a Profissão de Fé, e outros começaram a comungar. Então, aqui fica o convite a alimentar-nos d’Ele, para que o testemunho seja coerente e verdadeiro.

Não esquecendo que precisamos de tomar a nossa cruz todos os dias, para sermos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, importa que a nossa resposta não seja abstracta e sem sentido, e também não se confunda com o erro das multidões. 
Na verdade, deveremos provar se somos, ou não, seguidores de Jesus. Todos os que foram baptizados estão revestidos de Cristo, lembra S. Paulo, na Epístola aos Gálatas. Então deveremos ser “um só em Cristo Jesus” (Gal. 3, 28). Com os colegas, diante dos amigos, na família, no nosso grupo, digamos quem é Cristo para nós, sem medo nem cobardia. O mundo precisa conhecer quem é Cristo, o amor que Ele tem por todos, a vida plena que oferece, a experiência de salvação que só Ele pode dar.

"Senhor, fazei-nos viver a cada instante no temor e no amor do vosso Santo Nome, porque nunca a vossa providência abandona aqueles que formais solidamente no vosso amor. Por NSJC…" (Oração de coleta do XII Domingo Comum)

Nós somos convidados a perceber que estamos em comunhão com Deus, não apenas quando estamos em Igreja, na celebração ou na nossa oração. Mas devemo-nos sentir sempre na presença de Deus, permanentemente, a cada instante, a experimentar o Seu amor, pois Ele está connosco em todos os momentos da vida. E com esta certeza, a experiência constante da Sua bondade é alimento sólido, para frutificarmos numa vida em Cristo.

“E vós, quem dizeis que Eu sou”?  (Evangelho: Lc. 9, 18-24)

Reparemos que Jesus está em oração, na intimidade com o Pai e no Espírito. Nesta comunhão com Deus, desafia os discípulos, fazendo-os mergulhar nesta fonte, para que possam unir a oração à vida, a relação com Deus, no sofrimento e na cruz de cada dia. A nossa comunhão com Jesus deve ser permanente, para que tenhamos constância no sofrimento e na dor, como consequência da prática dos valores e das atitudes, que o seguimento de Jesus nos inspira. Então digamos, na nossa oração a Jesus, quem é Ele para mim! Que lugar tem no meu coração?»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XII Domingo comum – ano C e semana que se lhe segue)  

 
«Vivemos na superfície.
Na pressa que afoga, na conexão sem encontro, no amor sem raiz.
Tudo é passageiro.
Pessoas viram os rostos.
Promessas, vento.
Projetos, poeira.

É nesse mundo líquido, onde tudo escorre por entre os dedos,
que Jesus faz uma pergunta que corta o tempo:
“E tu… quem dizes que Eu sou?”

Não é uma pergunta para responder com os lábios.
É uma pergunta que exige vida.
Silêncio. Coragem.
Porque não se trata de opinião,
mas de existência.

sábado, junho 14, 2025

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!


«A liturgia deste domingo, (que seria o XI do Tempo Comum), convida-nos a celebrar a Santíssima Trindade, sempre após a solenidade do Pentecostes.
Em comum com a religião judaica e muçulmana, afirmamos a fé num Deus único, de unidade e de comunhão; é uma família divina, uma Comunidade de vida e de amor. É um só Deus em três pessoas divinas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 
Na Eucaristia, começamos com essa invocação, logo no início, vamos renovando a comunhão com a Santíssima Trindade inúmeras vezes, ao longo da celebração, que termina com a bênção “em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.  Assim, queremos acolher os dons e a graça, para uma vida íntima com Deus, realizando uma relação pessoal com cada uma das pessoas da Santíssima Trindade.
Esta vivência, exprimindo a relação íntima e pessoal com Deus, faz-se sempre com o sentido comunitário de Igreja. 

Mais do que celebrar um só Deus em três pessoas, sempre difícil para a nossa compreensão, é um convite a celebrar o Deus de Amor, o sentido de família, pois fomos criados para entrar na comunhão deste mistério. Precisamos, por isso, mais do que compreender, viver e experimentar esta relação de amor. 


A oração que fazemos deve distinguir bem, quando falamos com Deus Pai, ou com Deus Filho, Jesus Cristo, ou ainda com Deus Espírito Santo, “Senhor que dá a Vida”, como afirmamos no Credo. Há o perigo de se tornar abstrata, e vaga, se não existe a relação pessoal.

Se podemos ter acesso a Deus, a partir da criação, como nos anuncia a 1ª leitura, é pela fé em Cristo que apoiamos a nossa esperança, lembra a 2ª leitura, e com o amor de Deus, que nos foi dado pelo Espírito Santo.

"Deus Pai, que revelastes aos homens o vosso admirável mistério, enviando ao mundo a Palavra da verdade, e o Espírito da santidade, concede-nos que, na profissão da verdadeira fé, reconheçamos a glória da eterna Trindade e adoremos a unidade na sua omnipotência. Por NSJC…"  (Oração de colecta na solenidade da Santíssima Trindade)

Reparemos que a oração se dirige a Deus Pai, que nos enviou o seu Filho Jesus, a Palavra da verdade, e o Espírito de santidade. Pela profissão da verdadeira fé, pede-se a graça de reconhecer um só Deus, em três pessoas, o único Absoluto a quem adoramos.

"Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena."  
(Evangelho: Jo. 16,12-15)

Também nós temos dificuldade em compreender, quem é Deus, e tudo o que Ele tem para nos ensinar. Pelo amor, derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, temos a graça da vida plena e verdadeira, numa profunda comunhão no amor de Deus. Por isso, rezamos!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para a Solenidade da Santíssima Trindade – ano C e semana que se lhe segue)

Deus é amor (1Jo. 4, 8)

«Deus tem três jeitos de AMAR...
Chamamos a esses “jeitos” de Pessoas.

Deus é Trindade: Comunhão perfeita de Três Jeitos de Ser, de amar, de se dar, de se abrir, de estar em relação.

    Jeito de amar do Pai:
“Sou todo para ti! Dou-te todo o Meu Amor, dou-Me todo a Ti!”
→ Amor com jeito de dom total, de sonho, de iniciativa, de graça.
→ É o Amor que Jesus nos ensinou a chamar “Abba”, Papá.

    Jeito de amar do Filho:
“Sou todo por ti! Acolho o Teu Amor, recebo-Me todo de Ti!”
→ Amor com jeito de acolhimento, escuta, obediência, abertura.
→ É o Amor revelado na vida, palavras e gestos de Jesus.

     Jeito de amar do Espírito Santo:
“Sou todo para todos! Acolhe o Amor, acolhe o Amor!”
→ Amor com jeito de abraço, aliança, inspiração, laço de encontro.
→ É a ternura maternal de Deus, que nos une, anima e guia.

sábado, junho 07, 2025

O Espírito Santo que nos é dado

 

O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo!


«Completa-se o tempo pascal com o Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. 
Páscoa e Pentecostes são duas faces da mesma moeda: o dom à Igreja do Espírito de Cristo ressuscitado. 
Acolhamos com a alegria e gratidão um dom tão excelente, para colocar a render ao serviço dos irmãos. Com o Espírito Santo recebemos o dom de Deus, que dá vida, renova e transforma, para construir a comunidade e fazer surgir o Homem Novo, em cada um de nós. Que bom poder partilhar tema tão belo com jovens, que o não querem ser apenas na idade, mas vivê-lo em verdade! Aqui está o segredo: é pela vida em Cristo ressuscitado, e pela ação do Espírito, que se obtém a renovada juventude da alma!

Duma forma visível, é o primeiro dia da Igreja. “Igreja em saída”, em missão no meio dos homens. Maria e os Apóstolos estavam unidos, em oração no Cenáculo, mas o Espírito Santo impeliu-os para o meio da multidão. 
O pior que pode acontecer a um cristão é continuar fechado dentro de si. Precisa de reunir-se aos irmãos, acolher o dom do Espírito, e assumir a missão do envio. Como os Apóstolos e Maria, no Cenáculo, reunamo-nos em assembleia, para recebermos os dons, e podermos proclamar “as maravilhas de Deus”, assim finaliza a primeira leitura. Como membros dum só Corpo, invoquemos o Senhor, pois sabemos que “em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum” (1 Cor. 12, 7).

"Deus do universo, que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja, dispersa entre todos os povos e nações, derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo, de modo que também hoje se renovem no coração dos fiéis os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho. Por NSJC…"     (Oração de colecta no domingo de Pentecostes)

O que se pede nesta solenidade, não é o Espírito, por medida, mas que seja derramado abundantemente, para continuar a operar as maravilhas da primeira hora. O Espírito Santo acompanha sempre a Igreja, e só Ele a renova e edifica. Invoquemo-lO com confiança!

"Recebei o Espírito Santo" (Evangelho: Jo. 20, 19-23)

Os discípulos em Éfeso nem sequer sabiam que existia o Espírito Santo (Cf. Act. 19, 2), mas muitos de nós ouvimos falar d´Ele, continuando a desconhecê-lO. 
Peçamo-lO, na nossa oração, sem medo, e com toda a confiança. O Pai do céu dá o Espírito Santo àqueles que lho pedem. Abramos e renovemos o nosso coração. Ele nos diz: “Recebei…”  Acolhamos com gratidão!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para a Solenidade do Pentecostes – ano C e semana que se lhe segue)



 
Senhor, que, pelo Espírito Santo, estais sempre presente no mundo: 
Senhor, tende piedade de nós. 
     R: Senhor, tende piedade de nós. 

Cristo, que dais o Espírito Santo para o perdão dos pecados: 
Cristo, tende piedade de nós. 
     R: Cristo, tende piedade de nós. 

Senhor, que enviais o Espírito Santo para criar um mundo novo: 
Senhor, tende piedade de nós. 
     R: Senhor, tende piedade de nós.
(Acto penitencial no Pentecostes)

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