sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Peregrinos da Esperança


 
Coro Solidéu/ Catedral do Funchal

Texto versão portuguesa: António Cartageno

Refrão: 
"Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!

1. Toda a língua, povo e nação
tua luz encontra na Palavra.
Os teus filhos, frágeis e dispersos
se reúnem no teu Filho amado.

2. Deus nos olha, terno e paciente:
nasce a aurora de um futuro novo.
Novos Céus, Terra feita nova:
passa os muros, ‘Spirito de vida.

3. Ergue os olhos, move-te com o vento,
não te atrases: chega Deus, no tempo.
Jesus Cristo por ti se fez Homem:
aos milhares seguem o Caminho."

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segunda-feira, fevereiro 24, 2025

Amar como Jesus

«No passado domingo, o evangelho convidava-nos a ser bem-aventurados (felizes). E essa felicidade pretende ser duradoura, permanente, na medida em que procuramos corresponder às propostas que o Senhor nos faz. Hoje, na Palavra da Eucaristia dominical, faz-nos um convite a ir mais longe, a viver a autenticidade do amor, num amor total, sem limites e sem enganos, que passa pela atenção aos inimigos. Para que tal aconteça, mergulhamos na fonte de todo o amor, percorrendo o caminho que Deus nos propõe, saboreando as delícias da eternidade, no banquete do Reino que Ele nos oferece. 

Vamos então à celebração do VII Domingo Comum! A liturgia da Palavra começa com o exemplo dum coração magnânimo, que escolhe o caminho da recusa de vingança e da oferta do perdão. Para isso, invocamos a força do Senhor, Deus clemente e compassivo! Importa seguir, não as tendências do homem terreno, que também somos, mas a vivência do homem celeste, que recebemos de Cristo. No evangelho de hoje, escutamos como “Jesus falou aos seus discípulos”, e também nos fala a nós, para percebermos a autenticidade do nosso procedimento como cristãos.

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, meditando continuamente nas realidades espirituais, pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada. (Oração de colecta do VII Domingo Comum)

Ora, aqui está uma verdade fundamental! Para alicerçar uma fé coerente, de modo a praticar os valores cristãos essenciais, em palavras e obras, precisamos meditar duma forma continuada, com uma vida espiritual regular, como a participação no ritmo semanal da Eucaristia nos propõe. Uma fé, mal alimentada, não pode dar bons frutos, sobretudo no que é específico do amor cristão. Pedimos a graça de ser baptizados praticantes. 

"Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso" (Evangelho: Lc 6, 27-38)

Com certeza que não queremos proceder e viver apenas com o espírito deste mundo. O nosso comportamento, e a nossa atitude, devem expressar o sinal distintivo dos cristãos. Caso contrário, seríamos como os homens, que não têm fé, e não como os cristãos. Por isso, está diante de nós uma escolha: ou somos, ou não somos…

Optemos por perdoar, dar, amar quem não nos retribui…»

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o VII domingo do Tempo Comum, ano C, e semana que se segue)
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Amar como Jesus

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Feliz o homem que põe a sua Esperança no Senhor

«O Catecismo da Igreja Católica, ao falar da Eucaristia dominical, afirma o seguinte: "O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito" (nº 2177). Depois refere que igualmente se devem guardar os dias santificados, ao longo do ano litúrgico. Por isso, os mandamentos da Santa Igreja, que são cinco, afirma logo no primeiro que se deve “participar na Eucaristia todos os domingos e dias santos de guarda”. Porque quem não se alimenta não sobrevive, e assim a fé necessita deste alimento sacramental regular.

Somos convidados a viver o VI Domingo Comum, porque é o Dia do Senhor, e Deus é o centro da nossa vida, como consequência do Baptismo. É isso mesmo que quer dizer a palavra “domingo”, que vem de “Dominus”, e significa “do Senhor”.  Hoje, pela Palavra de Deus, procuremos perceber a importância fundamental que Deus deve ter na nossa vida, com propostas para a dimensão mais profunda da existência. Há o risco de busca de auto-suficiência, na sociedade actual, que leva à arrogância e ao individualismo exacerbado, prescindindo de Deus e das suas propostas. Afirmemos, pois, o sentido duma vida em Cristo, e Cristo ressuscitado!

Senhor, que prometeste estar presente nos corações rectos e sinceros, ajudai-nos com a vossa graça a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada. (Oração de Colecta do VI Domingo Comum)

Esta oração é muito bela! Na certeza de que Deus mora na sinceridade do coração recto, suplicamos o dom duma vida plena, em nós, que seja verdadeira morada de Deus. Afinal, vamos à igreja para sermos mais Igreja!

"Bem-aventurados vós, os pobres…

Mas ai de vós, os ricos…"      (Do Evangelho: Lc 6, 17. 20-26)

As bem-aventuranças são a magna carta dos cristãos. Por elas devemos pautar a nossa vida. Talvez conheçamos melhor a versão que São Mateus apresenta no capítulo quinto. Contudo, a proposta de São Lucas é mais sintética e, para além das bem-aventuranças, apresenta também as maldições, os “ais”, para termos mais cuidado em ser bem-aventurados.

Porque ser bem-aventurado é ser feliz, para conseguirmos a verdadeira felicidade, rezemos com frequência: Bem-aventurados…  É a máxima a que aspiramos!» 

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o VI domingo do Tempo Comum, ano C, e semana que se segue)

Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor  

segunda-feira, fevereiro 10, 2025

"Levanta-te! Faz-te ao largo!"

«Jesus ressuscitado entrou na casa onde os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas, e transmitiu-lhes a sua paz (cf. Jo 20, 19)

Em encontro regular, os amigos de Jesus continuam a reunir-se ao domingo, na Eucaristia, e inundam-se de alegria, porque “Ele está no meio de nós”, como aclamamos várias vezes!

Vamos já no V Domingo Comum, que pela Eucaristia nos convida a corresponder ao chamamento! Além da chamada à vida, que Deus nos deu, pelos nossos pais, é sobretudo pelo dom do Baptismo, que nos tornou filhos de Deus e da Igreja, para crescermos na vida em Cristo e na experiência de salvação. 

Importa corresponder a essa vocação: somos chamados por Deus, e d’Ele recebemos a missão, enviando-nos ao mundo para a libertação dos homens. Não esqueçamos que, pela graça baptismal, nos tornamos membros de Cristo “sacerdote, profeta e rei”. Se é assim, importa corresponder, com um testemunho coerente na fé e na vida cristã.

Para sintonizar com o projecto de Deus, a oração que transcrevemos, de seguida, quer obter para nós, da parte do Senhor, uma grande graça. Por isso a rezamos, para viver o que se pede!

"Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família; e, porque só em Vós põe a sua confiança, defendei-a sempre com a vossa protecção." (Oração de Colecta do V Domingo Comum)

Então, o que se pede nesta Eucaristia? Antes de mais, que nos sintamos família de Deus e família cristã. E a família deve reunir-se. Por isso, em cada domingo, vivemos uma assembleia eucarística. Como afirmou S. João Paulo II, na Carta Apostólica Dies Domini, nº 1:
“É convite a reviver, de algum modo, a experiência dos dois discípulos de Emaús, que sentiram «o coração a arder no peito», quando o Ressuscitado caminhava com eles, explicando as Escrituras e revelando-Se ao «partir do pão» (cf. Lc 24,32.35)”. 
Depois, exprime-se a confiança em Deus, para obter d’Ele a protecção que esperamos.

"Eles deixaram tudo e seguiram Jesus" (do Evangelho: Lc 5, 1-11)

Pedro e os companheiros são sinal da Igreja nascente, em missão no meio dos homens, obedecendo ao Mestre, Jesus Cristo, que realiza o milagre.
O corpo (Igreja) deve estar unido à cabeça (Cristo) para frutificar na missão (a pesca dos homens).

Rezar esta Palavra, implica saber o que devo deixar, para seguir Jesus.
(Padre João Torres)

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