Ele até era um homem como todos os outros. Um dia ataram-lhe as mãos, fazendo-o acreditar que era melhor assim. Com as mãos atadas não podia fazer mal nenhum. O que não lhe disseram é que assim também não podia fazer nada de bom.
Apesar da revolta que sentiu tentando desamarrar-se sem o conseguir, foi começando a adaptar-se e assim conseguiu viver com as mãos atadas.
E começou a esquecer-se que antes tivera as mãos livres.
Passaram anos, só ouvindo falar do mal que era feito por quem tinha as mãos livres.
Ninguém lhe contava era o bem que também era feito pelos homens de mãos livres.
E ele sentia-se imensamente feliz porque assim não fazia mal a ninguém.
Um dia desamarraram-no.
És livre, disseram-lhe.
Mas era demasiado tarde.
As mãos deste homem estavam totalmente atrofiadas!
(O homem das mãos atadas)
Apesar da revolta que sentiu tentando desamarrar-se sem o conseguir, foi começando a adaptar-se e assim conseguiu viver com as mãos atadas.
E começou a esquecer-se que antes tivera as mãos livres.
Passaram anos, só ouvindo falar do mal que era feito por quem tinha as mãos livres.
Ninguém lhe contava era o bem que também era feito pelos homens de mãos livres.
E ele sentia-se imensamente feliz porque assim não fazia mal a ninguém.
Um dia desamarraram-no.
És livre, disseram-lhe.
Mas era demasiado tarde.
As mãos deste homem estavam totalmente atrofiadas!
(O homem das mãos atadas)
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Na Parábola dos Talentos(Mt. 25, 14 - 30), da Liturgia da Palavra de hoje, um dos três servos que receberam bens do seu senhor, foi acusado de ser um servo mau e preguiçoso, por não ter colocado a render a parte dos bens que lhe coube.
Nós por vezes somos este servo quando nos acomodamos a limitações que nos impuseram ou que nós próprios nos impusemos, não fazendo força para nos libertarmos dos grilhões. Somos capazes de nos deixarmos ficar retidos em qualquer porão de luminosidade fosca, apenas para não sermos incomodados com luzes mais fortes com medo de ferir as retinas. E assim nos deixamos ficar enterrados juntamente com o nosso talento.
Somos também este servo preguiçoso quando temos connosco o talento necessário a desamarrar as mãos do nosso irmão e, não só não o desamarramos, como lhe fazemos crer que está melhor assim.
No entanto, o Senhor diz que aquele servo deveria ter arriscado o talento como fizeram os outros servos. Se tivesse arriscado e perdido, ao menos teria tentado e não seria chamado de preguiçoso.
Assim nós, o que não devemos é ficar preguiçosos a ponto de acharmos que não vale a pena o esforço de trabalharmos com os poucos talentos que temos; nem deixar que o medo de fracassar nos domine, a ponto de enterrarmos os talentos que Deus nos confiou.
"Os homens não são todos iguais em talentos; mas podem-no ser no esforço”.
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Na Parábola dos Talentos(Mt. 25, 14 - 30), da Liturgia da Palavra de hoje, um dos três servos que receberam bens do seu senhor, foi acusado de ser um servo mau e preguiçoso, por não ter colocado a render a parte dos bens que lhe coube.
Nós por vezes somos este servo quando nos acomodamos a limitações que nos impuseram ou que nós próprios nos impusemos, não fazendo força para nos libertarmos dos grilhões. Somos capazes de nos deixarmos ficar retidos em qualquer porão de luminosidade fosca, apenas para não sermos incomodados com luzes mais fortes com medo de ferir as retinas. E assim nos deixamos ficar enterrados juntamente com o nosso talento.
Somos também este servo preguiçoso quando temos connosco o talento necessário a desamarrar as mãos do nosso irmão e, não só não o desamarramos, como lhe fazemos crer que está melhor assim.
No entanto, o Senhor diz que aquele servo deveria ter arriscado o talento como fizeram os outros servos. Se tivesse arriscado e perdido, ao menos teria tentado e não seria chamado de preguiçoso.
Assim nós, o que não devemos é ficar preguiçosos a ponto de acharmos que não vale a pena o esforço de trabalharmos com os poucos talentos que temos; nem deixar que o medo de fracassar nos domine, a ponto de enterrarmos os talentos que Deus nos confiou.
"Os homens não são todos iguais em talentos; mas podem-no ser no esforço”.
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Irei, em confiança
Viver como lembrança
O Teu sinal de Luz
O Teu sinal de Luz
Testemunhar
Cantar a salvação
Cantar a salvação
Abrir meu coração
Aí eu sinto sempre vivo
Aí eu sinto sempre vivo
Teu chamar
Vem por aqui!
Ao teu ser Eu dei vida, formei
Em amor o teu nome chamei
Vem por aqui!
Ao teu ser Eu dei vida, formei
Em amor o teu nome chamei
Eu te escolhi!
Vem por aqui!
Vem por aqui!
Vem, não temas te ensino a falar
Sou alento em teu caminhar
Sou alento em teu caminhar
16 comentários:
Esta parábola é bem significativa de muitas das nossas atitudes.
Neste caso, o comodismo!
E para se ser de Cristo, temos que nos desinstalar colocando os nossos talentos a render!
Cada um com a sua parte e todos em conjunto.
Grata pela partilha.
Que o Senhor nos encoraje a nunca desistir do projecto que Ele tem para cada um de nós.
Um abraço e
uma óptima semana.
uhm ..às vezs sinto-me assim mesmo.. estragado, atrofiado, incapaz de fazer mais ou melhor ..parece que me esqueço o quão capaz sou quando em deus deposito o meu medo
Também ouvi atentamente esta Parábola dos Talentos este manhã na missa.
No meu último post, deixei a minha homenagem àqueles que souberam utilizar os seus talentos.
Beijinhos verdinhos
mais uma parábola muito interessante, e não desistir é a chave!
beijinhos
mais uma vez gostei, faz pensar...
Gostei muito, muito Fa amiga, mais do que gostar, meditei e aprendi.
Com efeito há uma diferença grande entre o Livro de Tobite 4,15«Aquilo que não queres para ti, não o faças aos outros.» e o que Jesus nos diz em Lucas 6,31
«O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também.»
Não basta não querer fazer o mal, é preciso fazer o bem!
Obrigado Fa, por nos lembrares a diferença.
Abraço amigo me Cristo
Fantástico seu post... que história profunda!
Abraços
Doce e Perfeita Amiga.
Um belo e profundo texto à liberdade e ao amor.
"...Nós por vezes somos este servo quando nos acomodamos a limitações que nos impuseram ou que nós próprios nos impusemos, não fazendo força para nos libertarmos dos grilhões. Somos capazes de nos deixarmos ficar retidos em qualquer porão de luminosidade fosca, apenas para não sermos incomodados com luzes mais fortes com medo de ferir as retinas. E assim nos deixamos ficar enterrados juntamente com o nosso talento.
Somos também este servo preguiçoso quando temos connosco o talento necessário a desamarrar as mãos do nosso irmão e, não só não o desamarramos, como lhe fazemos crer que está melhor assim..."
Há em si uma ternura e beleza imensas de encantar.
Pela pureza e extraordinária amizade ao nosso semelhante de muita significação maravilhosa e profunda.
Um texto admirável. Uma lição que sumariei com atenção.
Beijinhos de imenso respeito e estima gigante.
peter pan
OBRIGADO sincero pela sua linda amizade.
Ao ler o teu belíssimo post, lembrei-me de escritores que escreveram durante a ditadura.
Quando veio a democracia verificaram que não sabiam escrever de outra maneira (porque evitavam a censura ou eram proibidos de publicar).
Alguns adaptaram-se com muito esforço, outros não...
Beijinhos.
Já conhecia a parábola. Mas também, depois de 9 anos num colégio religioso e de 9 anos de catequese, são poucas as que não conheço! ;)
Gosto mesmo muito dessa parábola!
Beijocas!
Eu não conhecia e gostei muito da parábola.
Beijinhos!
ó homem é um animal de hábitos, e acaba por de acomodar,
mas temos sempre de ter presente que as mãos tanto podem
magoar como abençoar, pois em tudo existe a dualidade
jinhos
Olá
Por vezes nos acomodamos...depois é tarde!
deixo beijos estrelados
Lindo post! Gosto muito, muito dessa parábola e à medida em que vamos meditando nela mais e mais luzes se fazem, mais e mais ângulos se nos mostram...Mas me parece enxergar um fator sempre comum: o gastar-se por amor...Os talentos são nos dado por Ele para que os usemos em favor do próximo, para que levemos o Seu Amor de Eternidade a todos que nos chegarem de dia ou de noite...As moedas dos nossos dons são para serem gastas e nunca enterradas...Linda partilha, querida! Deus Amor lhe abençoe sempre! Bjos!
Oh minha blogoamiga!
Dá cá um abraço!
Que saudades!
E quanto ao teu post... Vou levá-lo comigo e plagiá-lo um dia destes no Galinheiro, sim?
ando mesmo a precisar de fazer ler umas palavras destas certas e determinadas pessoas... Xi... Hoje estou azeda... :S
Beijinhos enormes, querida Fá! :)
ovinho*
Ailime,
Quando nos acomodamos nas nossas coisas pessoais, mais facilmente nos acomodamos nas coisas de Deus... há que repensar a nossa maneira de agir.
Beijinhos
Silvino,
às vezes também será cansaço :)
Que o medo de fracassar não nos impeça de prosseguir!
Bjs
Verdinha,
as pessoas que souberam colocar os seus talentos ao serviço dos outros nunca morrem!
Beijinhos
Gaivota,
já dizia alguém: "Parar é morrer!"
Beijos
Tiago,
é preciso que o pensamento também não fique atrofiado :)
Bjs
Joaquim,
sim, há uma grande diferença entre não fazer o mal e fazer o bem.
Também se peca por omissão, convém não esquecer!
Obrigada pelas palavras que tão bem te saem e que eu não sei dizer...
Abraço muito amigo
Ecclesiae Dei,
Obrigada, amigo.
Abraço em Cristo
Peter Pan,
Devemos ser sempre atentos ao nosso semelhante.
Obrigada pela sua sempre enorme atenção e simpatia para com todos e para comigo.
Beijinhos
Nilson,
quando nos cortam a liberdade, só a muito custo aprendemos a viver com ela. Mas nós podemos sempre lutar para ser livres no nosso modo de agir, dentro das nossas limitações.
Bjs
Salto-Alto,
é bom conhecer. Mas é melhor quando não se fica apenas pelo conhecimento. Todo o conhecimento nos deve levar à acção!
Beijinho
Marta,
então já valeu a pena a vinda aqui :)
Beijokas
Multiolhares,
é verdade! As mãos podem e devem fazer mais bem do que mal. Que elas nunca nos sejam ocasião de pecado.
Beijinhos
Belisa,
é verdade que nos acomodamos tantas vezes. A preguiça fala mais alto. Mas que nunca seja tarde de mais para sair da letargia.
Beijinhos
Kenosis,
Gastar-se por amor é o que nos é pedido. Quando nos gastamos por amor somos felizes e fazemos a felicidade daqueles por quem nos gastamos. Se pelo contrário nos gastamos porque somos obrigados acho que estamos a morrer aos poucos e a enterrar os talentos.
Beijinhos
Ovinho,
há dias assim... mais azeditos, eu que o diga! Mas há que dar a volta à questão e não deixar que nos amarrem... ora, era o que faltava!
Plagia à vontade, amiga!
As verdades são para ser ditas!
Um grande beijinho
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