sábado, junho 21, 2025

Uma pergunta que exige vida

«Retomado o tempo comum da liturgia, celebramos o XII Domingo comum.
A palavra de Deus coloca-nos a pessoa de Jesus, e a sua proposta, no centro, à espera da nossa resposta. Quem é Ele para nós, é o desafio que nos é dirigido. 
O messias e libertador convida-nos a identificar-nos com Ele, tomando a nossa cruz para segui-lO. D’Ele jorra a nascente de graça, que alimentará a nossa fé e a nossa vida, para que sejamos “revestidos de Cristo” (Gal. 3, 27), e O podermos testemunhar com autenticidade. 
Alguns, de entre nós, fizeram a Profissão de Fé, e outros começaram a comungar. Então, aqui fica o convite a alimentar-nos d’Ele, para que o testemunho seja coerente e verdadeiro.

Não esquecendo que precisamos de tomar a nossa cruz todos os dias, para sermos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, importa que a nossa resposta não seja abstracta e sem sentido, e também não se confunda com o erro das multidões. 
Na verdade, deveremos provar se somos, ou não, seguidores de Jesus. Todos os que foram baptizados estão revestidos de Cristo, lembra S. Paulo, na Epístola aos Gálatas. Então deveremos ser “um só em Cristo Jesus” (Gal. 3, 28). Com os colegas, diante dos amigos, na família, no nosso grupo, digamos quem é Cristo para nós, sem medo nem cobardia. O mundo precisa conhecer quem é Cristo, o amor que Ele tem por todos, a vida plena que oferece, a experiência de salvação que só Ele pode dar.

"Senhor, fazei-nos viver a cada instante no temor e no amor do vosso Santo Nome, porque nunca a vossa providência abandona aqueles que formais solidamente no vosso amor. Por NSJC…" (Oração de coleta do XII Domingo Comum)

Nós somos convidados a perceber que estamos em comunhão com Deus, não apenas quando estamos em Igreja, na celebração ou na nossa oração. Mas devemo-nos sentir sempre na presença de Deus, permanentemente, a cada instante, a experimentar o Seu amor, pois Ele está connosco em todos os momentos da vida. E com esta certeza, a experiência constante da Sua bondade é alimento sólido, para frutificarmos numa vida em Cristo.

“E vós, quem dizeis que Eu sou”?  (Evangelho: Lc. 9, 18-24)

Reparemos que Jesus está em oração, na intimidade com o Pai e no Espírito. Nesta comunhão com Deus, desafia os discípulos, fazendo-os mergulhar nesta fonte, para que possam unir a oração à vida, a relação com Deus, no sofrimento e na cruz de cada dia. A nossa comunhão com Jesus deve ser permanente, para que tenhamos constância no sofrimento e na dor, como consequência da prática dos valores e das atitudes, que o seguimento de Jesus nos inspira. Então digamos, na nossa oração a Jesus, quem é Ele para mim! Que lugar tem no meu coração?»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XII Domingo comum – ano C e semana que se lhe segue)  

 
«Vivemos na superfície.
Na pressa que afoga, na conexão sem encontro, no amor sem raiz.
Tudo é passageiro.
Pessoas viram os rostos.
Promessas, vento.
Projetos, poeira.

É nesse mundo líquido, onde tudo escorre por entre os dedos,
que Jesus faz uma pergunta que corta o tempo:
“E tu… quem dizes que Eu sou?”

Não é uma pergunta para responder com os lábios.
É uma pergunta que exige vida.
Silêncio. Coragem.
Porque não se trata de opinião,
mas de existência.

1 comentário:

J.P. Alexander disse...

Buena reflexión. Dios lo es todo y lo da todo por nosotros. Te mando un beso.

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