
(Pintura de Karl Albert Buehr)
Sento-me na margem
E ouço os ruídos do mar
É fria a aragem!
Encolho-me
Prefiro recolher-me
À minha insignificância
E nem sequer ousar
Desvendar
Os segredos das ondas
Sou ave pequenina
Perante uma vastidão
De desconhecido
Gosto de me saber humilde
Com a certeza de que a humildade
Nunca fez mal a ninguém!
E o mar
Torna-se revolto
Agita-se
Arroga-se um deus
Deixá-lo!...
Bem pode crescer
Depois recuar
Não vou na onda
Nunca aprendi a surfar
E sei bem que é a lua
Que influencia as marés
Por isso fico na margem
Com o sol a doirar nos pés!
7 comentários:
Ave pequenina com alma de poeta,
que não vai na onda nem se assusta à toa,
gosto de ti assim
ao sol... esperando a lua!
(desculpa, deu-me para isto... )
Beijo.
belos momentos poéticos que se vivem por aqui.
tão bonito o teu poema...
também de ficar na margem
mas gosto tanto de entrar no mar e senti-lo, conversar com ele, cheirá-lo...
um bom ano para ti
e um beijinho
... mas, aqui e ali, por vezes, e ocasionalmente, posso ousar aventurar-me na onda... experimentar a sensação de desafiar os elementos e sentir a maresia.
Sempre que brilha o sol, naquela praia.
Sinto um grande desejo dentro de mim.
Beijar o teu rosto com sabor a humildade.
Gesto simples e saudável para qualquer idade.
BEIJINHOS
De esos embates aprendemos...no siempre vamos por aguas mansas y de todas sacamos una experiencia.
Besos.
A lua tem influencias em nos de tantas mabeiras
Ate na escrita
Gostei
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