quinta-feira, junho 19, 2025

No mês do Sagrado Coração de Jesus


"Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.»" (Lc 22, 19-20)

É na Eucaristia que o Coração de Jesus, o seu amor, se dá todo a nós: corpo, sangue, alma e divindade. 
Ele é o Pão Vivo descido do Céu para ser nosso alimento.
Comungá-lo é viver d'Ele, é permanecer n'Ele, é receber a Vida, é alimentar-se do Pão celeste que dá vida, santifica, cura, transforma, purifica, fortalece, cristifica.
A Eucaristia é a presença de todo o Seu Coração (Amor) e, por isso, deve ser o centro da nossa vida.
No altar temos de aprender com Cristo, com o Seu Coração Eucarístico, a darmo-nos, a ser alimento para os outros viverem através do nosso dom e da nossa entrega, no serviço alegre e humilde, na dádiva de nós aos outros. 
(In: Dário Pedroso, S.J. - Coração Trespassado, O Amor Louco de Deus)


Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus.
 
Mas a Igreja dedicou à sua veneração também um mês inteiro: o mês de Junho.

A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

segunda-feira, junho 16, 2025

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!


«A liturgia deste domingo, (que seria o XI do Tempo Comum), convida-nos a celebrar a Santíssima Trindade, sempre após a solenidade do Pentecostes.
Em comum com a religião judaica e muçulmana, afirmamos a fé num Deus único, de unidade e de comunhão; é uma família divina, uma Comunidade de vida e de amor. É um só Deus em três pessoas divinas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 
Na Eucaristia, começamos com essa invocação, logo no início, vamos renovando a comunhão com a Santíssima Trindade inúmeras vezes, ao longo da celebração, que termina com a bênção “em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.  Assim, queremos acolher os dons e a graça, para uma vida íntima com Deus, realizando uma relação pessoal com cada uma das pessoas da Santíssima Trindade.
Esta vivência, exprimindo a relação íntima e pessoal com Deus, faz-se sempre com o sentido comunitário de Igreja. 

Mais do que celebrar um só Deus em três pessoas, sempre difícil para a nossa compreensão, é um convite a celebrar o Deus de Amor, o sentido de família, pois fomos criados para entrar na comunhão deste mistério. Precisamos, por isso, mais do que compreender, viver e experimentar esta relação de amor. 


A oração que fazemos deve distinguir bem, quando falamos com Deus Pai, ou com Deus Filho, Jesus Cristo, ou ainda com Deus Espírito Santo, “Senhor que dá a Vida”, como afirmamos no Credo. Há o perigo de se tornar abstrata, e vaga, se não existe a relação pessoal.

Se podemos ter acesso a Deus, a partir da criação, como nos anuncia a 1ª leitura, é pela fé em Cristo que apoiamos a nossa esperança, lembra a 2ª leitura, e com o amor de Deus, que nos foi dado pelo Espírito Santo.

"Deus Pai, que revelastes aos homens o vosso admirável mistério, enviando ao mundo a Palavra da verdade, e o Espírito da santidade, concede-nos que, na profissão da verdadeira fé, reconheçamos a glória da eterna Trindade e adoremos a unidade na sua omnipotência. Por NSJC…"  (Oração de colecta na solenidade da Santíssima Trindade)

Reparemos que a oração se dirige a Deus Pai, que nos enviou o seu Filho Jesus, a Palavra da verdade, e o Espírito de santidade. Pela profissão da verdadeira fé, pede-se a graça de reconhecer um só Deus, em três pessoas, o único Absoluto a quem adoramos.

"Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena."  
(Evangelho: Jo. 16,12-15)

Também nós temos dificuldade em compreender, quem é Deus, e tudo o que Ele tem para nos ensinar. Pelo amor, derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, temos a graça da vida plena e verdadeira, numa profunda comunhão no amor de Deus. Por isso, rezamos!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para a Solenidade da Santíssima Trindade – ano C e semana que se lhe segue)

Deus é amor (1Jo. 4, 8)

«Deus tem três jeitos de AMAR...
Chamamos a esses “jeitos” de Pessoas.

Deus é Trindade: Comunhão perfeita de Três Jeitos de Ser, de amar, de se dar, de se abrir, de estar em relação.

    Jeito de amar do Pai:
“Sou todo para ti! Dou-te todo o Meu Amor, dou-Me todo a Ti!”
→ Amor com jeito de dom total, de sonho, de iniciativa, de graça.
→ É o Amor que Jesus nos ensinou a chamar “Abba”, Papá.

    Jeito de amar do Filho:
“Sou todo por ti! Acolho o Teu Amor, recebo-Me todo de Ti!”
→ Amor com jeito de acolhimento, escuta, obediência, abertura.
→ É o Amor revelado na vida, palavras e gestos de Jesus.

     Jeito de amar do Espírito Santo:
“Sou todo para todos! Acolhe o Amor, acolhe o Amor!”
→ Amor com jeito de abraço, aliança, inspiração, laço de encontro.
→ É a ternura maternal de Deus, que nos une, anima e guia.

sábado, junho 07, 2025

O Espírito Santo que nos é dado

 

O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo!


«Completa-se o tempo pascal com o Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. 
Páscoa e Pentecostes são duas faces da mesma moeda: o dom à Igreja do Espírito de Cristo ressuscitado. 
Acolhamos com a alegria e gratidão um dom tão excelente, para colocar a render ao serviço dos irmãos. Com o Espírito Santo recebemos o dom de Deus, que dá vida, renova e transforma, para construir a comunidade e fazer surgir o Homem Novo, em cada um de nós. Que bom poder partilhar tema tão belo com jovens, que o não querem ser apenas na idade, mas vivê-lo em verdade! Aqui está o segredo: é pela vida em Cristo ressuscitado, e pela ação do Espírito, que se obtém a renovada juventude da alma!

Duma forma visível, é o primeiro dia da Igreja. “Igreja em saída”, em missão no meio dos homens. Maria e os Apóstolos estavam unidos, em oração no Cenáculo, mas o Espírito Santo impeliu-os para o meio da multidão. 
O pior que pode acontecer a um cristão é continuar fechado dentro de si. Precisa de reunir-se aos irmãos, acolher o dom do Espírito, e assumir a missão do envio. Como os Apóstolos e Maria, no Cenáculo, reunamo-nos em assembleia, para recebermos os dons, e podermos proclamar “as maravilhas de Deus”, assim finaliza a primeira leitura. Como membros dum só Corpo, invoquemos o Senhor, pois sabemos que “em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum” (1 Cor. 12, 7).

"Deus do universo, que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja, dispersa entre todos os povos e nações, derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo, de modo que também hoje se renovem no coração dos fiéis os prodígios realizados nos primórdios da pregação do Evangelho. Por NSJC…"     (Oração de colecta no domingo de Pentecostes)

O que se pede nesta solenidade, não é o Espírito, por medida, mas que seja derramado abundantemente, para continuar a operar as maravilhas da primeira hora. O Espírito Santo acompanha sempre a Igreja, e só Ele a renova e edifica. Invoquemo-lO com confiança!

"Recebei o Espírito Santo" (Evangelho: Jo. 20, 19-23)

Os discípulos em Éfeso nem sequer sabiam que existia o Espírito Santo (Cf. Act. 19, 2), mas muitos de nós ouvimos falar d´Ele, continuando a desconhecê-lO. 
Peçamo-lO, na nossa oração, sem medo, e com toda a confiança. O Pai do céu dá o Espírito Santo àqueles que lho pedem. Abramos e renovemos o nosso coração. Ele nos diz: “Recebei…”  Acolhamos com gratidão!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para a Solenidade do Pentecostes – ano C e semana que se lhe segue)



 
Senhor, que, pelo Espírito Santo, estais sempre presente no mundo: 
Senhor, tende piedade de nós. 
     R: Senhor, tende piedade de nós. 

Cristo, que dais o Espírito Santo para o perdão dos pecados: 
Cristo, tende piedade de nós. 
     R: Cristo, tende piedade de nós. 

Senhor, que enviais o Espírito Santo para criar um mundo novo: 
Senhor, tende piedade de nós. 
     R: Senhor, tende piedade de nós.
(Acto penitencial no Pentecostes)

sábado, maio 31, 2025

Corações ao alto!

«Com a Ascensão, a liturgia pascal encaminha-nos para a vida plena no Senhor ressuscitado. Efectivamente, no final de um caminho, percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, em comunhão com Deus. Mas o caminho continua, agora connosco, seguidores de Jesus Cristo, para realizar o projecto libertador de Deus, de modo a beneficiar toda a humanidade. 
Completada a obra de reconciliação, e de renovação de toda a criação, Jesus continua a dar vida nova, agora no seio do Pai. Cristo, cabeça do Corpo, continua a dar a Vida, para que Ele seja “tudo em todos” (Ef. 1, 23), como termina a segunda leitura. Tenhamos o coração sempre aberto, e supliquemos o Espírito Santo, para sermos suas testemunhas, até aos confins da terra e à plenitude dos tempos.

A Ascensão de Jesus abre o caminho à humanidade. A nossa natureza, enriquecida com a vida divina de Cristo, acolhe o chamamento a participar da glória, de que beneficia a nossa Cabeça, em que o Corpo anseia unir-se e viver. Se os discípulos “estavam continuamente no templo” (Lc. 24, 53), como refere o evangelho deste domingo, precisamos de estar unidos, na assembleia dominical, para ser iluminados e fortalecidos pelo Espírito Santo, continuando o plano de Jesus. Não há outro caminho, mais ninguém consegue este desígnio, senão pela graça de Jesus Cristo. Assim, por Ele, procuremos corresponder à esperança a fomos chamados.

"Deus omnipotente, fazei-nos exultar em santa alegria e em filial acção de graças, porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória como nossa Cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo." (Oração de colecta na solenidade da Ascensão)

Esta oração expressa a forma como devemos viver a Ascensão: com alegria e acção de graças, porque nos indica que a porta foi aberta. O Corpo, que é a Igreja, é chamado a unir-se à Cabeça, que é Cristo, e participar da Sua glória.

"Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai"  Evangelho: Lc. 24, 46-53

Na semana passada, rezávamos a Jesus que prometeu voltar e ficar connosco. No evangelho deste domingo, concretiza a promessa com o envio do Espírito Santo. 
Como O vemos? Ele é a força e poder de Deus, não à maneira do homem, mas como dom que renova, fortalece, vivifica e salva. Invoquemo-lO! Sem Ele, nada podemos fazer, pois vem em auxílio da nossa fraqueza.»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o VII Domingo de Páscoa – Ascensão do Senhor – ano C e semana que se lhe segue)

«Na Ascensão, Jesus eleva-se ao Céu.
Deixou de estar connosco para estar em nós.
(...)
Corações ao alto! Que saibamos responder efectivamente que o nosso coração está em Deus porque Ele está no nosso coração.»


sábado, maio 24, 2025

Deus quer viver em nós

«Jesus caminha connosco. Ele anunciou aos seus que ia partir, “mas voltarei para junto de vós” (Jo. 14, 28), como nos anuncia o evangelho. Ele cumpriu a promessa do envio do Espírito Santo, e por isso acompanha a caminhada terrena da Igreja, que é convidada a permanecer no Seu Amor. 
Mas isto é esquecido por muitos cristãos, que se afastam, e não se encontram com Ele e os irmãos. Tenhamos muito cuidado, para não nos deixarmos vencer e morrer por dentro. 
Esta presença do Senhor, junto dos seus, na comunidade inicial, beneficiava um punhado de discípulos, mas agora tem uma dimensão universal, com a assistência do Espírito a toda a Igreja. Oxalá persistamos nesta união: “O Espírito Santo e nós” (Act 15, 28), como na primeira leitura deste domingo.

Porque Jesus vai sempre ao nosso lado, ninguém se quer desvincular dessa unidade, para não correr o risco de se perder, e permitir que o erro, o desconhecimento e a desorientação nos dominem. O Paráclito (Espírito Santo) será o nosso advogado, defensor e intercessor. Com Ele, estamos seguros e confiantes. Proximamente celebraremos a Ascensão de Jesus ao céu, mas a Sua morada permanente será a Igreja, e cada um de nós, templos do Espírito Santo. É preciso que O sintamos a viver em nós, a transmitir-nos a Sua graça, e a experimentar o Seu amor.

"Concedei-nos, Deus omnipotente, a graça de viver dignamente estes dias de alegria em honra de Cristo ressuscitado, de modo que a nossa vida corresponda sempre aos mistérios que celebramos. Por NSJC…"  (Oração de colecta do domingo VI da Páscoa)

A experiência pascal no Senhor ressuscitado enche-nos de alegria, porque se alarga o nosso horizonte. Não nos sentimos limitados a uma vivência precária e passageira, mas fortalecidos com o sentido duma vida eterna e de plenitude. Essa riqueza abundante e esse tesouro insondável brotam da celebração da Eucaristia. Como somos felizes por viver estes mistérios!

"Vou partir, mas voltarei para junto de vós" (Evangelho: Jo. 14, 23-29)

Ao anunciar que vai partir, Jesus promete voltar para junto dos seus. Ele continua connosco, e, pelo Espírito Santo, nos alegra e torna felizes. Na nossa oração, agradeçamos a Jesus o amor, a vida, a graça, e tantos dons que nos oferece. Demos-Lhe graças por todos os bens com que nos enriquece.»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o VI Domingo de Páscoa ano C e semana que se lhe segue)

 
«Jesus diz: “Faremos nele a nossa morada.” 
Imagina: Deus quer viver em ti. 
Não como visita, mas como presença constante. 
Mas... será que há espaço? 
Será que o teu coração está disponível? 
Ou está cheio de ruído, pressa, distração? 

A maior guerra… não é lá fora. É cá dentro. 
Entre o medo e a confiança. 
Entre a raiva e o perdão. Entre o egoísmo e o dom.»
Padre João Torres

sábado, maio 17, 2025

"Amai-vos uns aos outros"

 Progredimos na nossa caminhada pascal, com um horizonte cada vez mais belo, porque se realiza com o sentido mais pleno, em Cristo ressuscitado. É d’Ele que brota a Vida, que partilhamos no caminho, em comunidade, e se edifica, dando continuidade ao dinamismo do Espírito, que conduz a Igreja desde a primeira hora, para abrir a todos “a porta da fé” (Act. 14, 27). Permaneçamos, pois, firmes, para que o Senhor realize a maravilhosa obra, que em nós começou. Não desanimes, nem te demitas desta aventura!

Caminhemos juntos, em atitude de escuta, de diálogo e de partilha. Que ninguém se feche e se isole, porque estaria a negar o sentido da pessoa humana, que é relação, abertura e complementaridade. A maravilha do plano de Deus aponta para a criação de novos céus e nova terra, com o Espírito de Deus a “renovar todas as coisas” (Ap 21, 5ª).

A nota característica dos cristãos, em Igreja, há-de ser com a sinalização do amor. Assim o indica a liturgia deste domingo, para identificar os seguidores de Jesus, com capacidade de amar e dar a vida. É o mandamento novo que Jesus deixa ficar aos Seus discípulos, após o lava-pés na última Ceia. Ele lembra aos cristãos de todos os tempos: “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros! (Jo. 13, 34). Precisamos de continuar o dinamismo da comunidade inicial, como lembra a primeira leitura, progredindo para a nova Jerusalém, com a certeza de que Deus vai no nosso meio, libertando e salvando.

"Senhor nosso Deus, que nos enviaste o Salvador e nos fizestes vossos filhos adoptivos, atendei com paternal bondade as nossas súplicas e concedei que, pela nossa fé em Cristo, alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por NSJC…"  (Oração de colecta do domingo V da Páscoa)

Deus manifesta o Seu amor pelos homens, enviando-nos o Filho, Jesus Cristo, que deu a Vida para nos salvar. Não só se fez um de nós, mas tornou-nos participantes da Sua vida, sobrenatural, divina e eterna. Por isso Lhe suplicamos, com toda a confiança, que acolha o nosso pedido, para termos verdadeira liberdade e uma herança que não se corrompe! A grande graça que experimentamos é sermos filhos no Filho, com a vida divina e eterna!

"Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros."  (Evangelho: Jo. 13, 31-33ª.34-35)

Jesus deu o exemplo, lavando os pés aos discípulos. E eles não devem ser mais do que o Mestre.

Como estou eu, então, a distinguir-me como discípulo de Cristo? Que gestos concretos de amor manifesto no meu testemunho cristão? Não seria bom eu dar sinais de amor, oferecendo-me para alguns serviços na comunidade?

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o V Domingo de Páscoa ano C e semana que se lhe segue)

«O mais fácil… é amar quem nos ama. Quem nos entende. Quem nos faz bem. É fácil ser atento com os nossos. Viver fechado no nosso pequeno mundo.
(...)
Jesus disse: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei." 
Não é amar à nossa maneira. Nem só quando sentimos. Mas com um amor sem medida. Que se aproxima de quem ninguém vê. Que dá tempo. Que dá perdão. Que dá tudo. 

Este amor… não nasce só da vontade. Não se aprende só nos livros. Este amor vem de Jesus. 
Se deixarmos que Ele nos ame primeiro, o nosso coração começa a alargar. E então… amar torna-se possível.»
.

sábado, maio 10, 2025

O Bom Pastor chama-nos e cuida de nós

 «O quarto domingo de Páscoa é dia do Bom Pastor e Dia Mundial de Oração pelas Vocações. 

No Evangelho deste domingo Jesus apresenta-Se como o Bom Pastor, que ama, cuida e protege as suas ovelhas. E estas escutam-nO e seguem-nO, porque Ele lhes dá uma vida em plenitude. Jesus Cristo confiou aos apóstolos, e seus sucessores, os bispos e os sacerdotes, continuarem este cuidado pelo Seu rebanho. Na Igreja de hoje, continua-se a missão de anunciar a Boa Nova, com a alegria do Espírito Santo.

Para podermos ouvir a voz do nosso Bom Pastor, Jesus Cristo, temos que ir ao seu encontro, experimentar a sua bondade e sentir o zelo extremoso que Ele tem por nós. Por isso a Eucaristia proporciona essa graça preciosa, que oxalá tenhamos aproveitado. É uma experiência de amor, que se torna indispensável para O podermos escutar e viver a ternura que Ele tem por cada um de nós. Ele nos conhece, e espera que nos aproximemos d’Ele, pois ninguém segue um estranho. Então, somos convidados a estar unidos a Ele, como Ele está unido com Pai. Só assim esta união pode dar bons frutos! Deste modo, abramo-nos para a oração inicial desta Eucaristia!

"Deus eterno e omnipotente, conduzi-nos à posse das alegrias celestes, para que o pequenino rebanho dos vossos fiéis chegue um dia à glória do reino, onde já se encontra o seu poderoso Pastor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo…"  (Oração de colecta do domingo IV da Páscoa)

Antes de mais, esta oração expressa a alegria profunda, de encontro uns com os outros no Senhor, com a consciência de sermos o seu “pequenino rebanho”. Viemos à sua presença para sermos conduzidos por Ele, caminhando para a glória do reino imortal. Ele veio ensinar-nos o caminho, e Ele próprio é o caminho, para que não nos enganemos! Aí já se encontra, como nossa cabeça, e aguarda o encontro com o Corpo, de que fazemos parte. Que felicidade!

"Eu e o Pai somos um só!"      (Evangelho: Jo. 10, 27-30)

Para termos a feliz experiência de entrar nesta unidade, precisamos da oração. Por isso escutemos Jesus rezar em nós essa unidade, para vivermos na comunhão de amor. E aproveitemos também para rezarmos pelos outros, para que nos sintamos um só, no Senhor!»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o IV Domingo de Páscoa ano C e semana que se lhe segue)

 
«Jesus apresenta-Se como o Bom Pastor.
Não um dono. Não um chefe.
Mas Aquele que conhece.
Que chama pelo nome.
Que dá a vida. E fica. Mesmo quando todos se vão.
Num mundo que nos deixa cansados, dispersos, sozinhos...
Ele conhece o que escondemos:
o medo, a ferida, o cansaço por trás do sorriso.
E mesmo assim — chama-nos.
Não com gritos.
Mas com um sussurro.
Deus não impõe. Espera. E fala ao coração.
Para escutar essa voz, é preciso parar.
E isso assusta. Porque essa voz pede mais.
Pede verdade.
Pede entrega.
Pede caminho.
A fé não é costume.
É encontro.
É deixar-se conduzir por um Amor que nunca desiste.
Ele continua a chamar.
E o mundo tem fome.
Fome de sentido. Fome de paz. Fome de um Amor que não passa.
Talvez a vocação comece aqui:
no silêncio onde descobrimos que viver…
é dar a vida.»
Conhecidos pelo nome - Padre João Torres

domingo, maio 04, 2025

"Segue-me!"

«Estamos na semana das vocações, pois o próximo domingo é o dia mundial consagrado à oração pelas vocações. Sabemos que cada baptizado é chamado por Deus, a corresponder à vocação à santidade, dom do Senhor para todos, com a graça de serem filhos. Nascemos de Deus, e vamos para Deus: o caminho da santidade é a proposta mais perfeita à união com Deus. Procuremos ser santos, porque o nosso Deus é Santo. Mas importa que cada um procure descobrir o caminho que Jesus lhe oferece, na sua vocação pessoal, procurando o sentido mais pleno para a vida, na realização dos mais belos ideais.
Um dia, um jovem pediu a Jesus que mostrasse a melhor forma de corresponder, mas não foi capaz de seguir a indicação que lhe deu, porque estava preso às riquezas do mundo. Deixemo-nos escolher por Ele, “porque não fostes vós que me escolhestes” (Jo 15, 16). Quem O encontra tem um tesouro! É uma experiência de maior amor. Somos chamados a dar testemunho da ressurreição do Senhor, pela acção do Espírito Santo, como nos pede a Palavra de Deus deste domingo.

Queremos testemunhar a ressurreição de Jesus, pelo dom do Espírito Santo, sem medo, mas por amor! “Deve obedecer-se antes a Deus do que aos homens” (Act. 5), respondiam os Apóstolos a quem os queria proibir. Sejamos corajosos! Jesus nos impulsionará, para sermos comunidade renovada e fortalecida, em que a Eucaristia alimenta a vida e a missão da Igreja, ao longo dos séculos. Assim convida a segunda leitura. O êxito da missão da Igreja obtém-se com a força da Palavra, o dom do Espírito, e a presença do Ressuscitado, a actualizar o milagre da pesca abundante da evangelização. Com a presença de Jesus, os discípulos estão em missão ao longo dos tempos, mas precisam de manifestar o seu amor pelo Senhor.

"Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora por se ver restituído à glória da adoção divina, aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna. Por NSJC…"    (Oração de colecta do domingo III da Páscoa)

De novo nos enchemos de alegria, por nos reunirmos, uns com os outros no Senhor ressuscitado. A nossa alegria é tanto maior, se experimentarmos o dom de sermos filhos de Deus, pelo baptismo. Leva-nos a crescer para a felicidade eterna e imortal, na ressurreição final. Por isso, não poderemos aparecer vencidos, como estão muitos. Não queremos apenas ser jovens, no nosso corpo, mas ter uma juventude de alma. É a graça que se pede nesta Eucaristia!

"Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo!..."  Evangelho: Jo. 21, 1-19)

Por nós, nada conseguimos. Só com Jesus se realiza pesca abundante. Jesus prepara a refeição, e convida: “Vinde comer”! Correspondamos ao Seu convite, e manifestemos-lhe o nosso amor, em oração. Então estaremos disponíveis para o Seu chamamento: "Segue-me!"

 Continuação de feliz Páscoa!»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para a terceira semana da Páscoa, ano C)

quinta-feira, maio 01, 2025

Em Maio... e além



 Atrevam-se!

Precisamos de grande Revolução desta.

"Rezem o Terço todos os dias" - pediu Nossa Senhora em Fátima


++++++
Para além do Terço do Rosário

existem muitas outras sugestões de Terços Devocionais, por exemplo o


ou outros, como o:
ou da VITÓRIA

Nas contas pequenas:
Eu hei-de vencer
 Jesus Cristo me ama e me resgata com o seu poder.
..
No final de cada dezena: 
Deus tem o poder: Deus tem o querer; esta batalha hei-de vercer.
...
Finalizar o terço com a
 Salvé Rainha

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Que podes vencer! (ouvir mp3) (Simplus)

Já sei que não te posso mais ajudar 
Sei bem que não vais mudar 
Tudo o que fazes é fácil de prever 
Tens o teu rumo a correr 
Será que não vais esperar 
Tens surpresas para aceitar 

Tens tudo pra viver 
Será que não sabes 
Que podes vencer 
o teu medo de perder. 
Sai desse mundo 
Tens tudo para ver 
Será que não sabes 
Que deixas fugir 
O que a vida nos dá pra sorrir
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*(sobre o Terço)

domingo, abril 27, 2025

Domingo da Misericórdia

«Celebramos o 2º domingo de Páscoa, ou de Pascoela. A razão de ser deste nome prende-se com a circunstância de, até este dia, no passado, os novos baptizados andarem com a túnica branca vestida, que tinham recebido na celebração do baptismo, na Vigília Pascal. Por isso, também é chamado de “domingo in albis”, isto é, de branco! Mais recentemente, o Papa São João Paulo II deu-lhe igualmente o nome de “domingo da misericórdia”, em atenção à misericórdia que Cristo teve com o apóstolo Tomé, ao mostrar-lhe as mãos e os pés, com as chagas que Ele recebeu na Cruz. “Porque me viste, acreditaste”, disse-lhe Jesus! “Felizes os que acreditam sem terem visto”, acrescentou, estendendo a todos nós a sua misericórdia.

Para beneficiarmos da felicidade, prometida por Jesus, deveremos viver profundamente o sentido do nosso baptismo. O baptismo não é uma coisa que se vem buscar à Igreja, mas um estilo de vida, a assumir. Oxalá o estejamos a viver, como nos propõe a Eucaristia deste domingo. Além disso, é um contributo indispensável para entender o próprio sentido da catequese que, ou é vivida como iniciação cristã, ou não é verdadeira catequese. Para isso, devemos fixar-nos no sentido da oração de colecta, feita no início da Eucaristia de hoje, para descobrir o valor dos três sacramentos de iniciação cristã. Por outro lado, torna-se necessário aprofundar que todos os domingos do tempo pascal são domingos de Páscoa, e não depois da Páscoa.

"Deus de eterna misericórdia, que reanimais a fé do vosso povo na celebração anual das festas pascais, aumentai em nós os dons da vossa graça, para compreendermos melhor as riquezas inesgotáveis do Batismo com que fomos purificados, do Espírito em que fomos renovados e do Sangue com que fomos redimidos. Por NSJC…" (Oração de colecta do Domingo II da Páscoa)

Primeiro invoca-se o Deus da misericórdia. Depois pede-se a renovação da fé pascal, para que se aumente e cresça a vida da graça. Assim se aprofunda a riqueza inesgotável do Baptismo, pela renovação do Crisma, e com a vida que a Eucaristia alimenta. Então se descobre que todos necessitamos desta iniciação cristã, e que sem ela não se entende a catequese.

"Meu Senhor e meu Deus" (Evangelho: Jo 20, 19-31)

Na celebração da Eucaristia, em algumas comunidades, ouve-se esta expressão, rezada em voz alta, por parte de muitos membros da assembleia, com a elevação, após a consagração. Contudo, se se rezar, que seja em silêncio, e como intimidade pessoal adorante. Mas importa rezá-la muitas vezes, ao longo da semana, e descobrir a sua presença na comunidade.»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o II Domingo de Páscoa e segunda semana da Páscoa, ano C)

domingo, abril 20, 2025

Santa Páscoa!

«Este é o dia que fez o Senhor! 

Se domingo vem de Dominus (Senhor), então o domingo da Ressurreição é o que dá sentido a todos os domingos e à Eucaristia, na comunidade, para o encontro com o Senhor Ressuscitado e com os irmãos. É assim que participamos na sua Ressurreição, e somos vivificados. Deste modo, a ressurreição de Cristo transforma também o Corpo, que somos nós, e comunica o seu Espírito, e a sua paz, à Igreja. Quem não participa, deixa de receber esta luz, esta graça e esta vida.

Hoje é a festa das festas, o dia dos dias! Porque é Páscoa (passagem), faz-nos descobrir que estamos em caminhada, inundados de alegria e de esperança, porque é o começo duma nova criação!

A Páscoa faz-nos descobrir o sentido do nosso baptismo, participando na morte e na ressurreição de Cristo, para o caminho numa vida nova. A vigília pascal, da noite anterior, é essa grande vivência. Cristo esteve morto e ressuscitou, para oferecer essa vida, a quem experimenta pela fé uma vida em Cristo. A ressurreição de Jesus oferece-nos uma vida em plenitude, feita dom de amor e de serviço. Não queiramos, pois, ficar na mediocridade, duma vida superficial e apenas sustentada pelas coisas passageiras e vazias. Tentemos perceber o testemunho dos primeiros discípulos, como nos anuncia a primeira leitura da Eucaristia da Ressurreição, e interroga-te se, na verdade, participas deste dinamismo, como nos pede o texto da Epístola aos Colossenses, que escutámos em segundo lugar. Mas, depois, procura entender como a descoberta do túmulo vazio foi o início para uma transformação autêntica, na vida das primeiras testemunhas.

Senhor Deus do universo, que neste dia, pelo vosso Filho Unigénito, vencedor da morte, nos abristes as portas da eternidade, concedei-nos que, celebrando a solenidade da ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida.  (Oração de Coleta do Domingo da Ressurreição)

Repara no que esta oração apresenta! Cristo esteve morto e ressuscitou, passados três dias. Por isso, o céu desce à terra, e abre a porta da eternidade. A ressurreição de Jesus é o primeiro passo, que nos permite ressuscitar, e começar a viver o céu, na terra, com uma vida plena! 

"Viu e acreditou" (Evangelho: Jo 20, 1-9)

O discípulo amado viu o sepulcro vazio, e as coisas todas em ordem. A ausência do corpo morto de Jesus fê-lo dar um passo em frente na fé. Por isso, acreditou! Cada um de nós busque os sinais da ressurreição de Jesus.

Aleluia! »

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o Domingo de Páscoa e primeira semana da Páscoa)


sábado, abril 19, 2025

Silêncio e Solidão

«Uma antiga homilia do Século IV nos diz sobre o Sábado Santo

“Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.”

Eis o Sábado Santo que é o dia do escondimento de Deus, nos dizia Bento XVI. 
Não há celebrações, pois este dia é “alitúrgico”, contudo há de guardar um grande silêncio, recolhimento, meditação, perdão e reconciliação que desemboca na Grande Vigília Pascal,a mãe de todas as vigílias. 
A Vigília Pascal se inicia com a celebração da luz, que contém três partes: a bênção do fogo, a procissão do círio pascal e a proclamação da Páscoa.

Neste dia também nos unimos à Santíssima VIrgem Maria, que guardava todas as coisas em silêncio no seu coração, na feliz esperança da ressurreição do seu Filho Jesus.»

terça-feira, abril 15, 2025

Boa Semana Santa!

 «Iniciamos a semana maior da nossa fé, como é tradicionalmente conhecida. Que ela seja a mais bela expressão da vida cristã para todos! 

E se ser cristão é ser outro Cristo, queremos aproveitar este dom para corresponder ao último passo da caminhada para a vida nova que o Senhor nos oferece. 

O domingo de Ramos da Paixão do Senhor é assinalado por duas facetas: em primeiro lugar a bênção dos ramos, para celebrar a entrada solene de Jesus em Jerusalém, e depois a experiência de Deus que, por amor, Se fez um de nós, para servir, dar a vida, e libertar-nos da escravidão e do egoísmo.

Na liturgia da Palavra, somos convidados a ser discípulos, seguindo o Mestre, Ele que, sendo de condição divina, assumiu ser humilde e servidor, para que Deus O exaltasse como Senhor e Redentor. Com centralidade no relato da Paixão do Senhor, deixemo-nos interpelar pelo sentido da vida plena, com o exemplo do Senhor na entrega incondicional, feita dom de amor total.

Com as duas dimensões, tão contrastantes, que a celebração do domingo de Ramos nos apresenta, queremos unir-nos indissociavelmente à manifestação gloriosa e redentora de Jesus Cristo. Não é por acaso que normalmente é uma das celebrações mais concorridas na participação dos fiéis. Que a nossa vivência não se fique limitada na busca duma bênção, separada do mistério íntegro e profundo da fé, mas procure expressar o seguimento do caminho, que Jesus Cristo propõe a todos os que querem ser seus discípulos. É assim que a Paixão do Senhor continua na vida da Igreja, a beneficiar todos os que querem completar na sua vida o que falta à Paixão de Cristo. Deixemo-nos libertar e salvar!

"Deus eterno e omnipotente, que, para dar aos homens o exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e padecesse o suplício da cruz, fazei que sigamos os ensinamentos da sua paixão, para merecermos tomar parte na glória da sua ressurreição." (Oração de colecta no Domingo de Ramos na Paixão do Senhor)

 A incarnação de Jesus foi autêntica, assumindo ser um de nós, com os pés na terra (húmus), e não em bicos de pés, como fazem muitos, e, como homem livre, suportou a cruz, por amor, para nos libertar de todas as amarras e escravidões. É assim que nos propõe um caminho de serviço e de doação, para poder atingir a plenitude da glória na ressurreição. Sigamos o seu exemplo e peçamos a sua graça, para termos força de seguir o seu caminho! Não há Cristo sem cruz, e só poderemos ser cristãos se O seguirmos em verdade, com a nossa cruz!

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Evangelho: Lc 22, 14-23, 53)

A entrega amorosa de Jesus ao Pai é fonte que convida a mergulharmos na vida divina, com que fomos presenteados na graça do baptismo. Filhos de Deus, e seguidores de Jesus, continuamos a doação da vida a Deus e aos irmãos. Sem reservas, nem medos! Sem mentira e sem fingimento! No momento supremo da sua vida, Jesus rezou um salmo.

A nossa oração, unidos a Jesus, manifesta a história do nosso amor. É a respiração da nossa alma, até ao último momento, numa entrega total a Deus!»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o Domingo de Ramos e Semana Santa)


sexta-feira, abril 11, 2025

Uma certeza nos guia...


A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina antes da Páscoa.

É um tempo (quadragésima) de 40 dias de preparação para a Páscoa da Ressurreição de Jesus.

Mas qual é o dia certo em que termina?

Algumas pesquisas: 

1.  "Começa em Quarta-Feira de Cinzas e termina pela tarde de Quinta-Feira Santa": (Portal Ecclesia - Quaresma- Secretariado Nacional de Liturgia)

 2. "Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa": (A Quaresma, caminhada para a Páscoa - Paroquia PACO de ARCOS)

 3. "Começa na quarta-feira de Cinzas e termina no sábado de Aleluia": (Afinal, o que é a Quaresma? - Alvorada On-Line * Jornal Lourinhã)

 4. "Começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos": (Tempo da Quaresma - Paróquia Rosa Mística)

 5. "Começa com a Quarta-Feira de Cinzas e termina com o Domingo de Páscoa": (entramos na quaresma e veja o seu significado - portucália - Sapo)

Qual é a Resposta Certa: 1; 2; 3; 4; ou 5?

...

Mas uma certeza nos guia: Jesus Cristo Vive.
Ressuscitou no Domingo de Páscoa, como havia dito. Porque "se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé". (1Cor.15,14.17)

Jesus Cristo está Vivo entre nós.


Desejo a todos uma feliz e santa Páscoa, na alegria de Jesus Ressuscitado.


Adenda
Comentário do p. José António Carneiro com a resposta correcta: «a Quaresma começa com as cinzas e termina na Quinta feira santa, antes da Missa da Ceia do Senhor e depois da Missa Crismal que o bispo preside e na qual concelebra o clero diocesano e na qual benze os óleos... Nao sei se acaba às 12h ou às 17h... Mas isso é o menos importante... Com a missa da Ceia do Senhor começa o Tríduo Pascal que já nao é Quaresma.

A Carta apostólica de Paulo VI, aprovando as Normas Universais do Ano Litúrgico e o novo Calendário Romano geral, diz, no n. 28: "O tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor (Quinta-feira santa, à tarde), exclusive".»

segunda-feira, abril 07, 2025

É Preciso Renascer

«Estando a duas semanas do termo da caminhada quaresmal, com a Páscoa, o que melhor lhes posso desejar será que a Quaresma tenha um bom fim. E tê-lo-á se soubermos aproveitar bem este tempo de graça. Para isso, recordo a importância fundamental de celebrar o sacramento da Confissão. 

Lembrando a parábola do filho pródigo, do passado domingo, oxalá que cada um se reveja no filho mais novo, que teve a coragem de considerar os erros que tomou, ao afastar-se do amor do pai com uma vida dissoluta, regressando para pedir perdão: “Pai, pequei contra o céu e contra ti”, éramos convidados a rezar ao longo da semana. 

Agora, somos desafiados a não ficar no comodismo, e no desleixo da escravidão do pecado, como o presunçoso filho mais velho, mas, aspirando à vida nova baptismal, que na Páscoa somos chamados a viver, celebremos a Reconciliação!

Começámos esta partilha de hoje, lembrando o sacramento da Confissão, mas agora vamos de novo abordar a vivência eucarística, uma vez que ela é central na vida cristã. Aliás, estes dois sacramentos têm uma ligação profunda, para uma participação plena e autêntica. Se, por um lado, vamos buscar o remédio para o pecado, por outro, somos alimentados para crescer na vida nova em Cristo, que no Baptismo nos foi transmitida. 
Ninguém cresce, e se fortalece, sem se alimentar. A Eucaristia deste domingo volta a propor-nos a experiência do amor de Deus, que acompanha o nosso caminho, para a liberdade que Jesus Cristo nos oferece, convidando a fazer escolhas, ”para ganhar a Cristo, e n’Ele me encontrar”, como refere a segunda leitura.

Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de viver com alegria o mesmo espírito de caridade, que levou o vosso Filho a entregar-se à morte pela salvação dos homens. (Oração de colecta do V Domingo da Quaresma)

Porque aspiramos à felicidade e realização plena que, por nós, pelos valores da sociedade, com os avanças da ciência, nos caminhos do mundo, não conseguimos; No amor de Deus, por Jesus Cristo, essa oferta está ao nosso alcance. 
O dom do amor, que experimentamos no Senhor, não condena, mas liberta, e permite progredir no caminho da plenitude. Por isso, não olhamos para trás, não ficaremos amarrados à vida velha, e a libertação estará sempre no nosso horizonte, em Cristo. O seu amor nos estimula, pois não há maior amor do que dar a vida por quem se ama.

"Vai, e não voltes a pecar" (Evangelho: Jo. 8, 1-11)

O encontro com Cristo liberta e salva. A vida adquire novo sentido, pelo perdão de Deus, pelo amor em Cristo, pelo corte das amarras, pelo dom que nos é oferecido. 

Em Cristo, somos novas criaturas; alcançados por Ele, caminhamos na liberdade, não querendo mais ser escravos, mas progredindo para a meta, que começa já a aparecer.

Que bom é conhecer Cristo e a sua libertação! 

Jesus: tu me devolves a vida. É em Ti, e para Ti, que eu quero viver!»

(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o IV domingo da Quaresma ano C, e semana que se segue)

«somos chamados a largar as pedras.
A abrir as mãos, a abrir o coração.
O perdão não apaga o passado, mas liberta o futuro.
Acolher em vez de ferir.
Erguer em vez de esmagar.
Recomeçar, porque o amor sempre nos dá uma nova oportunidade.
Quem perdoa, renasce.
E quem renasce, ilumina o mundo.»
Nem Julgar, Nem Temer — Acolher (padre João Torres)



domingo, março 30, 2025

Rezemos, voltemos e festejemos!

«No dinamismo de estarmos a fazer o caminho da Quaresma, importa saber como prosseguimos ao encontro de Cristo pascal! Na verdade, quem não caminha na graça que a liturgia deste tempo nos oferece, está paralisado, cristalizou, e não experimenta a orientação que é preciso imprimir na sua vida, para manifestar uma fé autêntica, que deve frutificar. Por isso, o Senhor Jesus, no passado domingo nos interpelava: “Se não vos arrependerdes…” Será que todos nos lembrámos, e rezámos, esta Palavra ao longo da semana? 

E agora prosseguimos mais determinadamente, com o olhar bem firme na Páscoa da libertação, com razões acrescidas às que alimentavam o povo da antiga aliança, que comeu os primeiros frutos da terra da promessa, e comprovou como Deus é libertador, como lembra a primeira leitura (Jos. 5, 9-12).

Em Igreja, somos embaixadores de Cristo, em quem Deus nos dá a Vida, pela palavra da reconciliação, como anuncia a 2ª leitura (2Cor. 5, 17-21).

Fomos convidados ao arrependimento e à reconciliação. Agora, pela experiência do baptismo, queremos experimentar uma vida nova, em Cristo, para que na Páscoa possamos viver duma forma mais plena o mistério pascal.

O baptismo é o segundo, e decisivo, nascimento, para não ficarmos imersos nas trevas do pecado, mas emergir para a vida divina no dom da salvação que nos é oferecido.

 A liturgia deste domingo convida-nos a viver o amor de Deus, abandonando o caminho duma vida dissoluta, na escravidão do pecado, para festejar o encontro com o Pai e a alegria da sua misericórdia.
 
É preciso deixar as escolhas erradas na nossa vida, para entrar na festa do amor e da felicidade que o Senhor nos oferece.

"Deus de misericórdia, que, pelo vosso Filho, realizais admiravelmente a reconciliação do género humano, concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso, a fim de caminhar alegremente para as próximas solenidades pascais." (Oração de colecta do IV Domingo da Quaresma)
Não esqueceremos que caminhamos para a Páscoa libertadora, e que precisamos de reconciliar-nos com Deus e os irmãos. Então, neste domingo, para o conseguirmos, pedimos uma fé viva e um espírito generoso.

"Pai, pequei contra o céu e contra ti…" (Evangelho: Lc. 15, 1-3.11-32)
Como filhos, assumamos que a vida, longe do amor de Deus Pai, conduz à escravidão do pecado e da infelicidade. Mas Deus nunca se esquece de nós, e não nos abandona. Por isso, queremos regressar, como o filho mais novo, e entrar na festa do perdão, na alegria do amor, numa vida de unidade e comunhão com Deus e os irmãos.
Rezemos, voltemos e festejemos!
Não nos contentemos a ficar retratados na presunção do filho mais velho!
Ouçamos o Pai que nos diz: tudo o que é meu é teu!»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para o IV domingo da Quaresma ano C, e semana que se segue)

 
"Este Pai continua à nossa espera. Ele sussurra, dia após dia: 
 Eu AMO-TE e sempre estive à tua espera." (Padre João Torres)

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