«A Epifania é a manifestação a todos os povos, em que Deus oferece a salvação de Jesus também aos que provém do paganismo, que os Magos representam.
A solenidade da Epifania, tradicionalmente designada por festa dos Reis, a 6 de Janeiro, é agora celebrada sempre no domingo imediato ao primeiro dia do ano. Se não fosse assim, a maioria dos fiéis ficaria sem possibilidade de celebrar a liturgia da Epifania, tão importante nas celebrações da Igreja.
Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelaste o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa Glória. (oração de coleta da solenidade da Epifania)
Que graça pedimos? A parte final da oração é bem clara: viver a fé, para termos a felicidade de contemplar o rosto de Deus, face a face!
“Abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra” (do Evangelho Mt 2, 1-12)
Na minha oração, nestes dias, que presentes vou oferecer a Jesus?... Abramos-Lhe o coração!»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão para a solenidade da Epifania)
«A viagem dos Magos, porém, não foi fácil. Eles perderam a estrela, procuraram no lugar errado, consultaram Herodes, símbolo do poder e do engano. Quantas vezes também erramos na nossa busca por Deus, olhando para o brilho superficial do mundo? Mas o que torna os Magos inspiradores é a sua paciência para recomeçar. Mesmo diante de quedas e dúvidas, continuaram. E assim encontraram o Menino. A lição é clara: não é o erro que nos define, mas a coragem de nos levantarmos e retomarmos o caminho.
Quando os Magos chegaram a Belém, ofereceram presentes, mas o mais precioso não foi o ouro, o incenso ou a mirra. Foi a sua própria viagem: os desafios superados, o esforço para seguir a estrela e o desejo de encontrar o Salvador. Deus quer que O busquemos com o coração aberto, porque Ele tem sede da nossa sede.
(...) Procura-O com fé, com paciência, e, quando O encontrares, oferece-lhe o presente mais precioso: a tua busca, o teu caminho, a tua vida.» (Padre João Torres)
«O nome “Jesus Cristo” foi-nos dado em grego, e pode ser escrito em letras maiúsculas gregas deste modo: IHCOYC XPICTOC
Durante séculos, a forma padrão de abreviar este nome foi usar simplesmente a primeira e a última letras, IC XC, como se encontra na maioria dos ícones orientais. São Bernardino, no começo do século XV, escolheu usar as duas primeiras letras com a última, portanto IHC e XPC. A letra grega “c” é na verdade um “s”, então era natural escrever IHS XPS, forma na qual o Nome Santo se tornou muito familiar.
Mas por que São Bernardino quis inserir o “h” (que é, na verdade, um “e”)? E por que mudar o “i” em “y”, uma letra não usada em italiano nem em latim? A resposta é que estudiosos cristãos cabalísticos deram atenção ao facto de que o Nome de Jesus, na sua forma original hebraica, contém as quatro letras no Nome Impronunciável de Deus revelado no Antigo Testamento. Com o acréscimo de duas letras hebraicas extras, torna-se pronunciável o Nome Impronunciável. O Nome revelado a Moisés no Êxodo (Ex 3) é apropriadamente escrito apenas com consoantes, YHWH. De acordo com uma tradição de 3.000 anos, não é permitido tentar pronunciá-lo, e ninguém realmente saberia como fazê-lo, mesmo se pudesse ser feito. Isso porque o Nome, YHWH, não é simplesmente um nome como outro qualquer: ele tem um significado, que é: o nosso Deus é Aquele que É, o único Ser essencial, o “fundamento do nosso ser”.
(...)
Mas, o Nome tornou-se um nome humano, pelo acréscimo das letras hebraicas ‘shin’ e ‘ain’ às quatro originais, produzindo Yehoshuwah; a forma hebraica do nome que conhecemos por JESUS. Assim o Nome Divino se torna um nome humano, o inacessível e impronunciável se torna próximo e familiar.
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A São José é dado o tremendo privilégio de Lhe dar o Nome: “Ela dará a luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus”.
(...)
O Nome é dado novamente por Pôncio Pilatos, pela forma hebraica da inscrição na Cruz, usando as quatro letras do Nome Divino como as iniciais das quatro palavras: Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus: YeshuHa-Nozri, WaMelekHa-Yehudim. Não é de se admirar que os chefes dos sacerdotes tivessem ficado tão preocupados com tal inscrição! (Jo 19,19-22) Pois Pilatos, de improviso, escreveu – e para todo o mundo ver! – que o seu galileu crucificado é o Deus eterno, o Criador, assim como o Redentor do Mundo.»
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A Festa do Santíssimo Nome de Jesus é no dia 3 de Janeiro.
Mas todo o mês de Janeiro é dedicado ao Santo Nome de Jesus. Através dessa devoção, a Igreja recorda-nos o poder do Nome de Cristo.
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"Ó nome glorioso, gracioso, amoroso e animoso! Por ti se perdoam todos os pecados, se vence o inimigo, se curam os enfermos e nas adversidades se encorajam e consolam os que sofrem. Tu és a glória dos que crêem, o mestre dos que pregam, a força dos que trabalham, o remédio dos que estão em necessidade.
Ao calor e fervor do teu fogo, os bons desejos encandescem; as orações que se fazem têm bom despacho; as almas contemplativas se arroubam; e sumamente se alegram os que já triunfam no paraíso. Com os quais, por este vosso santíssimo Nome, fazei que reinemos, ó dulcíssimo Jesus." (S. Bernardino de Sena)
«Estamos num novo ano, e, de novo, após o que sucedeu há uma semana, temos outra celebração marcante na liturgia da Igreja: no dia 1 de janeiro, a solenidade em honra de Santa Maria, Mãe de Deus, como sempre acontece no início do ano civil.
Com a celebração do dia 1, atinge-se a oitava do Natal, de tal modo importante que se celebra durante uma semana, tal como na Páscoa. São, pois, as celebrações mais marcantes da liturgia da Igreja.
Senhor nosso Deus, que dais origem a todos os bens e os levais à sua plenitude, nós vos pedimos, nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça, tenhamos também a alegria de receber os seus frutos.
(Oração de colecta da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus)
A graça que pedimos nesta Eucaristia está bem expressa na segunda parte da oração!
“Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração”
(Do Evangelho Lc 2, 16-21)
Como Maria, meditemos e rezemos, ao longo da semana!»
(Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1 de Janeiro)